O que é?
A Pesquisa Mensal de Comércio mostra a evolução do varejo brasileiro em duas frentes: volume de vendas e receita nominal do setor. É divulgada pelo IBGE com dados de cinco segmentos nas principais capitais.
As vendas no varejo brasileiro reagiram em agosto e subiram 1,1% em relação a julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No mês anterior, o indicador havia caído 1,0%, o recuo mais intenso desde outubro de 2008. Em comparação com o desempenho de agosto de 2013, porém, o volume comercializado caiu 1,1%.
No acumulado do ano, as vendas do comércio subiram 2,9%, em relação com o mesmo período de 2013. Em doze meses até agosto a alta é um pouco maior, de 3,6%, mas inferior ao visto em julho (4,3%), na mesma base de comparação.
A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de que as vendas subissem 0,75% em agosto na base mensal e recuasse 1,10% ante o mesmo período do ano anterior.
Em termos de receita obtida com as vendas, houve aumento de 1,3% entre julho e agosto, e crescimento de 5,2% em relação ao oitavo mês de 2013. No acumulado do ano e em 12 meses, o faturamento do setor cresceu 9,2% e 10,1%, respectivamente.
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Setores – Segundo o IBGE, sete das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram alta no volume de vendas na comparação mensal, sendo o destaque Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, cujo volume de vendas subiu 7,5%. Tecidos, vestuários e calçados também mostraram avanço de 3,2%.
Considerando o varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, o volume de vendas caiu 0,4% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. Em comparação a agosto de 2013, dado sem ajuste, as vendas do comércio até recuaram 6,8%. O varejo ampliado acumula queda de 1,5% nos oito primeiros meses do ano e alta de 0,6% nos últimos doze meses até agosto.
Automotivo – Como se esperava, as vendas do segmento de veículos, motos e autopeças encolheram 2,5% em agosto ante julho. Segundo Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a queda pode ser explicada pelas poucas promoções ou pela expectativa de que os preços ainda vão cair mais. No entanto, ela comenta que a tendência é de perda de dinamismo, devido ao esgotamento da política de incentivos do governo à compra de automóveis e ao porcentual maior de famílias com renda mais comprometida.