O McDonald’s divulgou nesta segunda-feira resultados do primeiro trimestre que superaram as previsões dos analistas, ajudados pela força nos mercados internacionais e a opção de consumidores nos Estados Unidos por hambúrgueres mais caros. As ações da maior rede do mundo em receita subiam quase 5% na bolsa de Nova York, após as vendas globais pelo conceito mesmas lojas superarem as previsões de Wall Street, aumentando o lucro.
Um plano de recuperação de vários anos, lançado pelo presidente-executivo Steve Easterbrook há três anos, trouxe mudanças no menu, novas tecnologias para lojas e renovação de restaurantes para gerar mais tráfego.
Os hambúrgueres “gourmet” de alta margem, que oferecem ingredientes frescos e mais caros, custando 6 ou 7 dólares, ante opções mais baratas da rede, de 1 a 3 dólares, elevaram o valor médio dos gastos dos consumidores nos EUA.
As vendas nos restaurantes McDonald’s nos EUA subiram 2,9% superando as expectativas dos analistas de 2,7% por cento, de acordo com a Thomson Reuters.
O lucro líquido subiu para 1,38 bilhão de dólar, ou 1,72 dólar por ação, ante 1,21 bilhão de dólares, ou 1,47 dólar por ação, um ano antes.
As vendas globais nas lojas abertas há pelo menos 13 meses subiram 5,5%, superando facilmente uma estimativa média de 3,94 por cento e refletindo um aumento de 7,8% nos mercados internacionais mais maduros da empresa – Austrália, Canadá, França, Alemanha e Reino Unido.
“Isso mostra o poder da marca. Globalmente, os números foram excelentes”, disse Peter Saleh, analista da corretora BTIG. “Os resultados foram muito impressionantes, na verdade mais impressionantes do que esperávamos inicialmente.”
Excluindo itens, a empresa lucrou 1,79 dólar por ação, superando a estimativa de 1,67 dólar. A receita global caiu 9% como resultado da refranchising – uma medida de redução de custos em que a empresa vende os estabelecimentos de propriedade do McDonald’s para um investidor franqueado e recebe apenas uma parte das vendas.
A maneira como o resultado foi obtido diverge dos últimos trimestre, quando o McDonald’s e outras redes de fast food se concentraram em combater uns aos outros com cardápios no valor de um dólar, descontos em bebidas e itens de menu de tempo limitado à medida que os gastos dos consumidores desaceleraram.