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Com a crise portuguesa, euro está novamente ameaçado

Lisboa deve pedir resgate à UE e ao FMI. Turbulência já derrubou premiê

Por Da Redação
24 mar 2011, 08h46
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  • Após as graves turbulências na Grécia e na Irlanda, o euro se vê novamente ameaçado pela crise da dívida na Europa. Desta vez, Portugal é o principal foco do problema. Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, José Sócrates, não conseguiu os votos necessários para passar uma nova lei de austeridade, foi obrigado a apresentar a sua renúncia e convocar eleições antecipadas. Agora, o país deve começar agora a negociar um pacote de resgate com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) que pode chegar a 70 bilhões de euros.

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    De acordo com fontes ouvidas pelas Agência Estado, o empréstimo emergencial deve ser solicitado por Portugal “em breve”. “O socorro de Portugal estará entre os principais assuntos da cúpula da UE hoje e amanhã. Eu acredito que eles vão pedir o empréstimo logo”, afirmou uma autoridade sênior da zona do euro.

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    “Tem havido uma conversa inicial sobre o valor, provavelmente algo entre 50 bilhões de euros e 100 bilhões de euros, mas eles ainda não fizeram o pedido”, acrescentou. Segundo outra autoridade da zona do euro, o valor do empréstimo deverá ser de 80 bilhões de euros.

    A nova crise econômica e política ainda ameaça mais uma vez desestabilizar o bloco e o euro. Na quarta, após a renúncia de José Sócrates, o euro caiu a menos de 1,41 dólar, ante as preocupações do mercado de que a crise política portuguesa antecipe um pedido de ajuda financeira internacional. No dia anterior, a moeda europeia havia alcançado seu nível mais alto desde novembro, cotado a 1,4249 dólar.

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    Crise no bloco – Sem medidas para cortar gastos, Portugal caminha para ser o terceiro país da zona do euro a receber ajuda. Grécia e Irlanda foram os primeiros, com pacotes exigindo cortes nos gastos públicos e alta de impostos. Nos últimos meses, Portugal lutava contra a ameaça de ter de recorrer a fundos externos, alegando que sua situação não era como a da Irlanda ou da Grécia. Para provar isso, o governo socialista de Sócrates fechou acordo com a UE de que traria o déficit para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2011, depois de passar de 7% em 2010.

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    Mas a oposição de centro-direita liderada por Pedro Coelho, que já havia avançado em eleições locais e está na liderança das pesquisas de opinião, usou a situação para derrubar o governo e forçar a convocação de eleições. Sócrates, há seis anos no poder, não teve alternativa diante da derrota no Parlamento e anunciou sua demissão. O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, iniciará diálogo com todos os partidos, e o atual governo será mantido apenas para garantir o funcionamento do Estado.

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    Turbulência – A queda do governo ocorre às vésperas da cúpula da UE, que, agora, terá a agenda dominada pela situação de Portugal e por mais uma turbulência na zona do euro. Ontem, o mercado já deu uma indicação de como serão os próximos dias. Diante da perspectiva de queda do governo, o risco país de Portugal bateu recorde, numa demonstração de que o mercado não confia na capacidade do país de rolar suas dívidas. O impacto também foi sentido em países como a Irlanda, mesmo depois de já ter sido socorrida pela UE e pelo FMI.

    (Com Agência Estado)

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