Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

CNI decide ir ao Supremo contra o tabelamento do frete

Entidade considera que a fixação de preços mínimos desrespeita o princípio da livre-iniciativa, a concorrência e os contratos firmados

Por Redação
Atualizado em 8 jun 2018, 16h57 - Publicado em 8 jun 2018, 16h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A tabela de preços mínimos para o frete rodoviário de cargas tem sido motivo de disputa entre caminhoneiros e o setor industrial, levando o governo anunciar a revisão da política de definição de valores. Contra o tabelamento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta sexta-feira, 8, que ingressará nos próximos dias com Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Publicidade

    “O tabelamento é insustentável, porque provoca prejuízos extremamente danosos para a economia, especialmente para o setor produtivo, e para a população”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Além disso, a fixação de preços mínimos infringe o princípio da livre-iniciativa e é ineficaz”, acrescenta.

    Publicidade

    A ação da CNI, em fase final de elaboração, questionará a Medida Provisória 832, que estabeleceu preços mínimos obrigatórios para os fretes praticados no país.

    A entidade considera que essa MP é inconstitucional, entre outras razões, por desrespeitar a livre iniciativa, a concorrência e os contratos firmados, caracterizando intervenção indevida do estado na economia.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Levantamentos feitos pelas associações industriais estimam que, com o tabelamento, os fretes tiveram aumentos médios entre 25% e 65%. Em algumas situações, os custos de transporte subiram mais de 100%. “Os consumidores também sentirão no bolso os efeitos da medida, pois ela inevitavelmente levará ao aumento geral de preços, em função da alta dependência rodoviária do país”, diz a nota da entidade.

    Diante da pressão do setor produtivo, o governo decidiu revogar a nova tabela com o preço mínimo do frete para o transporte rodoviário de cargas. De acordo com a assessoria do Ministério dos Transportes, com a decisão, a tabela publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 30 de maio estará valendo até uma nova ser elaborada pela agência.

    Publicidade

    Nesta quinta-feira, duas empresas do Rio Grande do Norte conseguiram suspender na Justiça Federal os efeitos das normas que regulamentam a política de preços mínimos. 

    A fixação da tabela foi uma das alternativas usadas pelo governo para acabar com a greve dos caminhoneiros, que durou onze dias e levou ao desabastecimento de combustíveis e alimentos. Outra demanda era a redução de preço do diesel.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.