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BRF sai com ‘lição de casa’ de reunião no Cade

Executivos e seus advogados terão prazo extra para formular nova proposta ao órgão que convença que o negócio é viável e não prejudicará consumidores

Por Da Redação
15 jun 2011, 22h34
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  • Relator do caso no Cade chegou a classificar como “ridículas” algumas propostas de vendas de ativos apresentadas pela BRF

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    A BRF Brasil Foods conseguiu uma importante vitória no arrastado processo de fusão de Sadia e Perdigão: o adiamento do julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por pelo menos 15 dias. Com esse fôlego extra, a empresa terá até o final do mês para apresentar uma proposta de venda de ativos que realmente convença os conselheiros de que o negócio é viável e não prejudicará consumidores, assim como a concorrência.

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    As primeiras tentativas de acordo não surtiram efeito. Nesta quarta-feira, depois de o conselheiro Ricardo Ruiz atender ao pedido da companhia de prorrogar o prazo, a BRF começou a se articular para a nova fase de negociação. Imediatamente elogiou a decisão de Ruiz e, logo após o almoço, esteve em reunião com integrantes do Cade para alinhavar uma nova proposta com o órgão antitruste. Nenhuma oferta formal foi apresentada, mas a BRF recebeu como “lição de casa” reler as considerações feitas pelo relator, Carlos Ragazzo, que foi contrário à fusão.

    Na primeira parte do julgamento na semana passada, além de vetar a operação, Ragazzo também criticou a proposta inicial de acordo da companhia, considerada muito aquém do desejado. A avaliação do conselheiro foi a de que a sugestão ficou “mais leve” do que a apresentada pelo Ministério da Fazenda há um ano. Segundo ele, se a BRF apenas se desfizesse de marcas como Rezende, Wilson, Excelsior e Delicata, como indicou, não movimentaria o mercado.

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    “Ridículos” – O relator chegou a classificar como “ridículos” alguns itens e que a proposta de abrir mão de algumas fábricas, assim como de ceder o fornecimento de insumos e redes de distribuição por dois anos, era insuficiente.

    O temor de Ragazzo é o de que a união das companhias ponha fim à concorrência e dificulte a entrada de rivais no setor. Mais do que isso, ele se mostrou preocupado com os reflexos que a operação trará ao consumidor, como a possibilidade de aumento de preços de produtos (de até 40% em alguns casos), que seria também uma barreira aos novos consumidores das classes C e D.

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    Neste primeiro momento, segundo apurou a Agência Estado, a BRF descarta a sugestão apresentada por Ragazzo de criar uma ‘joint venture’ específica para atuar no mercado externo. Neste caso, Sadia e Perdigão seguiriam separadas no Brasil, o que não traria os ganhos de eficiência gerados a partir da fusão.

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    Mesmo assim, a empresa propõe-se a avaliar todas as possibilidades. “Mais do que discutir o voto do relator lido na semana passada, é preciso discutir a oportunidade que ficou aberta com o adiamento do julgamento, para encontrar uma solução pacífica”, disse o presidente de assuntos corporativos da BRF, Wilson Mello, logo após o anúncio de adiamento.

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    “O momento agora é de ter calma e entender preocupações do Cade”, acrescentou o executivo. Em nota, mais tarde, a companhia elogiou a “maturidade institucional” do Cade ao dilatar o prazo para negociar. Os conselheiros não quiseram se pronunciar a respeito do processo.

    Encontros – Durante a reunião da tarde desta quarta-feira, ficou acertado que novos encontros serão realizados para alinhar as opiniões do Cade e da empresa. O caso volta para a pauta no dia 29 de junho. Até lá, a BRF diz ter condições de apresentar uma proposta que atenda a expectativa do órgão antitruste. Mesmo assim, o conselheiro Ruiz ainda tem o direito de adiar o julgamento por mais uma sessão (até 13 de julho). Uma nova prorrogação pode ser dada, mas dependeria de uma decisão de todos os conselheiros que participam do caso.

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    (com Agência Estado)

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