À espera da votação da reforma da Previdência no Senado, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 1,3% nesta terça-feira, 22, aos 107.381,11, renovando a marca histórica. Já o dólar comercial recuou, em média, 1,3%, sendo negociado a 4,08 reais para a venda – a menor cotação desde o dia 4 de outubro, quando foi negociado a 4,06 reais.
A perspectiva de aprovação no Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as regras de acesso a aposentadoria oficial do país respaldou a trajetória de alta do Ibovespa, com agentes de mercado chamando a atenção para o potencial transformacional à economia. De acordo com analistas da XP Investimentos, superada esta etapa, o foco passará a outras pautas tão ou mais importantes, como reformas tributária e administrativa, além de pautas microeconômicas e setoriais, como a agenda de privatizações, o leilão da cessão onerosa, entre outros.
Apesar de o Ibovespa superar os 107 mil pontos pela primeira vez, “o índice ainda está distante das máximas em dólar, o que o torna atrativo aos estrangeiros, que ainda estão afastados da bolsa paulista”, segundo Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. Para ele, o Ibovespa tem potencial para alcançar 124 mil pontos até o final deste ano, podendo chegar a até 150 mil pontos na metade de 2020, conforme a pauta econômica do governo avançar e o investidor estrangeiro voltar.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)