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BNDES está alinhado ao combate à inflação, diz estudo

Por Alexandre Rodrigues Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou hoje um estudo que aponta seu papel complementar ao do Banco Central (BC). O trabalho “O papel anticíclico do BNDES e sua contribuição para conter a demanda agregada”, dos profissionais da área de pesquisas econômicas do banco Fernando Puga e […]

Por Da Redação
28 jul 2011, 14h52
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  • Por Alexandre Rodrigues

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    Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou hoje um estudo que aponta seu papel complementar ao do Banco Central (BC). O trabalho “O papel anticíclico do BNDES e sua contribuição para conter a demanda agregada”, dos profissionais da área de pesquisas econômicas do banco Fernando Puga e Gilberto Borça Jr, aponta a redução da participação do crédito do BNDES no estoque total da economia em meados de 2010, antes da retomada da trajetória de alta dos juros básicos pelo BC, como um componente em favor do conjunto de medidas macroprudenciais para combater a inflação.

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    O trabalho aponta que, entre novembro do ano passado e junho deste ano, a participação do crédito livre no estoque total subiu de 11,2 pontos porcentuais para 11,9 pontos porcentuais. Já a contribuição dos repasses diretos do BNDES caiu 2,4 pontos porcentuais no período, respondendo em junho por 3,7 pontos porcentuais do estoque total de crédito de 20%.

    “Com isso, o BNDES vem não apenas continuando a exercer seu papel anticíclico no mercado de crédito, mas também auxiliando o BC em seu objetivo de fazer com que o crédito total da economia cresça a bases mais prudentes”, diz o texto.

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    No trabalho, os economistas também chamam a atenção para a previsão de queda real de até 5,6% nos desembolsos do BNDES este ano, em relação a 2010 e, a maior concentração do crédito do banco em 2011 entre pequenas e médias empresas, cujo impacto gerador de empregos e de oferta de produtos na economia no médio e longo prazos é maior. O estudo sustenta ainda que essa variação do desembolso do banco é inferior ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial de 4,6%, o que, para o BNDES, é uma contribuição direta para a política de metas de inflação.

    “O orçamento do banco mostra que, antes mesmo da adoção pela autoridade monetária de políticas voltadas à desaceleração do crédito, as operações do BNDES já vinham apresentando menor dinamismo. O banco tem exercido impacto contracionista sobre a demanda agregada vis-à-vis o crescimento do PIB potencial. Em suma, a instituição está alinhada com a política de combate à inflação”, conclui o trabalho.

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    Não é o que pensam economistas críticos da atual política do banco. O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nobrega, por exemplo, afirmou em declaração recente que, ao conceder grandes volumes de empréstimos a empresas remunerados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, o BNDES obriga o Banco Central a elevar ainda mais a taxa básica de juros da economia (Selic), que já é superior ao dobro da praticada pelo BNDES: 12,5% ao ano. Ele também questiona a legitimidade dos repasses do Tesouro para o banco sem passar pelo orçamento, o que na prática concederia subsídios às empresas tomadoras sem respaldo político.

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