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Bancos reduzem prazo e aumentam entrada em financiamento de veículos

Parcelamento, que chegou a 72 meses no auge do setor automotivo entre 2010 e 2012, agora está em 60 vezes e é necessário sinal de 30% do valor do bem

Por Gilmara Santos
7 Maio 2018, 11h59
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  • Carros em concessionária
    Inadimplência alta fez bancos mudarem estratégia para liberação de crédito para compra de carro novo (Ernesto Rodrigues/AE/VEJA)

    O brasileiro voltou a comprar carro zero-quilômetro. Depois de quatro anos de queda nas vendas, o emplacamento de veículos subiu 9,94% em 2017 – e já está 15,2% nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período do ano anterior, segundo a Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Mas quem quer financiar o pagamento tem que desembolsar uma entrada maior e dividir o saldo devedor em menos tempo.

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    No auge do setor automotivo, entre 2010 e 2012, as instituições financeiras parcelavam as compras em até 72 vezes com a possibilidade de não dar nada de entrada. No entanto, a alta da inadimplência fez as os bancos mudarem suas táticas e hoje o limite máximo é de 60 meses, com sinal de 30%, em média.

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    “Prazo longo com zero de entrada não se mostrou sustentável e levou a uma inadimplência alta. Tivemos que rever nossa estratégia”, diz o diretor do Itaú Unibanco, Rodnei Bernardino.

    As instituições financeiras tentam evitar que com a retomada da economia ocorra o mesmo que aconteceu em 2012: recorde de vendas de carro novo, com mais de 3,1 milhões de emplacamentos, acompanhado de alta inadimplência — 6,4%, segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). No ano passado, as comercializações chegaram a 1,8 milhão de unidades e a taxa dos que não conseguiam honrar com os compromissos no prazo caiu para 3,8%.

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    No Itaú, os novos financiamentos têm limite que varia entre 40 e 45 meses, com entrada média de 34% do valor do bem. “Desde 2012, iniciamos um grande ajuste e hoje temos uma carteira bem mais saudável”, diz Bernardino.

    “O pior da inadimplência ficou para trás. A retomada do mercado de zero é muito proporcional à melhoria da taxa de confiança e queda da taxa de juros”, considera André Novaes, diretor da Santander Financiamentos. De acordo com ele, o banco, que chegou a dividir em até 72 prestações, permite parcelar agora em até 60 vezes. “Em média, os pagamentos são em 48 meses e com entrada de 34% do valor do veículo”, diz Novaes ao comentar que a mudança no prazo iniciou por volta de 2012.

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    No Banco do Brasil, também é possível parcelar em até 60 vezes. “O tempo médio tem sido de 40 meses e, dependendo do perfil do cliente, a entrada ainda pode ser zero. Conseguimos seguir esse modelo porque operamos apenas com clientes do banco”, diz Orlando Costa, gerente executivo da diretoria de empréstimos e financiamentos do BB.

    De acordo com Costa, a instituição chegou a permitir o pagamento em 72 prestações entre 2010 e 2012, mas de lá para cá o prazo caiu para 5 anos.

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    Dados do Banco Central mostram que a taxa de juros média para financiamento de veículos também diminuiu. Em fevereiro de 2010 era de 24,12% ao ano. No mesmo mês de 2018, último dado disponível pelo BC, estava em 22,48%

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