Fundado em 1472, o mais antigo banco em atividade do mundo, o italiano Monte dei Paschi di Siena, vai cortar 2.600 trabalhadores como parte dos planos para salvar saúde financeira da instituição que preocupa investidores. Às 13 horas, as ações do banco caíam 13,29%.
O terceiro maior credor da Itália disse nesta terça-feira que vai cortar 10% do total de seu quadro e fechar cerca de 500 agências até 2019, de acordo com reportagem do portal Business Insider.
O novo plano de corte de custos do banco também inclui a alienação do negócio de aquisição de comerciantes – uma atividade em que o banco oferece serviço de pagamento de cartões de crédito e débito por meio de um comerciante.
Os cortes são parte de um plano para tirar o banco da situação atual e atrair investimentos para um plano de 5 bilhões de euros em recapitalização. Os maus empréstimos da instituição preocuparam investidores, empurrando o banco para um colapso. Como resultado dos novos cortes, a esperança da gestão do credor é de um lucro líquido de mais de 1 bilhão de euros até 2019, e um retorno sobre o patrimônio de cerca de 11%.
Depois que os novos planos foram anunciados, as ações decolaram antes de cair acentuadamente no meio da manhã, passando de uma alta de 14% para uma queda de 13% em cerca de 20 minutos.
Antes de a preocupação em torno do futuro do Deutsche Bank assustar os mercados em setembro, o Monte dei Paschi di Siena foi o banco mais preocupante da Europa, tendo ficado nas últimas colocações em testes de estresse da Autoridade Bancária Europeia recentemente.
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Sob um cenário adverso, o banco seria insolvente em menos de três anos, de acordo com os resultados do estudo da Autoridade Bancária Europeia, que também mostrou que o Monte dei Paschi teve a maior deterioração de sua relação de repartição do capital – que leva em conta os novos regulamentos estabelecidos para entrar em vigor em um futuro próximo. Essa taxa caiu 14,51% desde o levantamento anterior.
Depois de ser envolvido em uma investigação sobre suspeitas de contabilidade falsa e manipulação de mercado, o antigo executivo do banco Fabrizio Viola renunciou em agosto.
(Da redação)