O Banco do Brasil divulgou nesta quarta-feira seu balanço do terceiro trimestre, ao anunciar lucro líquido de 2,780 bilhões de reais, avanço de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 1,7% ante o segundo trimestre de 2014. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para um resultado recorrente de 3,014 bilhões de reais.
Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro ajustado foi de 2,885 bilhões de reais, 10,5% maior do que o registrado em um ano, mas 3,9% menor do que o visto no segundo trimestre. A diferença do lucro líquido contábil para o ajustado se deve a itens extraordinários como planos econômicos, eficiência tributária e provisão extraordinária com demandas contingentes.
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A carteira de crédito ampliada (que inclui títulos privados e garantias) do BB chegou a 732,719 bilhões de reais ao final de setembro, aumento de 1,9% ante junho. Em 12 meses, o avanço foi de 12,3%. Considerando apenas o crédito disponível a pessoas físicas, houve aumento de 1,2% em relação ao segundo trimestre e 6,9% na comparação com 12 meses, para 175,111 bilhões de reais; o destaque foi o imobiliário. Já para pessoas jurídicas, o crédito somou 342,023 bilhões de reais ao final de setembro, alta de 2% ante o terceiro trimestre de 2013 e de 12,8% em relação ao mês anterior.
Assim como outras instituições financeiras no país, o BB diminuiu suas projeções de desempenho (guidance) para 2014, sobretudo para o avanço do crédito e das captações comerciais. A instituição espera que os empréstimos no conceito ampliado tenham avanço de, no mínimo, 12% e de, no máximo, 16% este ano e não mais de 14% a 18%.
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Os ativos totais do BB alcançaram 1,431 trilhão de reais no terceiro trimestre, expansão de 13,7% em um ano e de 2,2% na comparação com os três meses anteriores. Tal desempenho foi favorecido, conforme o banco, principalmente pela expansão da carteira de crédito. O BB fechou setembro com patrimônio líquido de 81,246 bilhões de reais, aumento de 23,2% ante um ano. Em relação ao segundo trimestre, a expansão foi de 13,2%.
Calotes – O índice de inadimplência do Banco do Brasil, considerando os atrasos superiores a 90 dias, piorou pelo segundo trimestre consecutivo. O indicador ficou em 2,09% em setembro, aumento de 0,10 ponto porcentual ante junho, de 1,99%. Em um ano, quando o indicador estava em 1,97%, a piora foi de 0,12 ponto porcentual.
Se desconsiderada a carteira do banco Votorantim, o índice de inadimplência do BB seria menor, de 1,91% ao término de setembro ante 1,78% um ano antes. No mesmo período, conforme o BB, a média de todo o Sistema Financeiro Nacional foi de 3%.
(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)