Governo teme que cinemas e restaurantes deixem a avenida por conta dos preços altos
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A avenida Champs-Elysées de Paris é a mais cara da Europa, acima da New Bond Street de Londres, e a quinta mais onerosa do mundo, segundo um estudo anual do conselheiro imobiliário da empresa Cushman & Wakefield publicado nesta quinta-feira. O valor dos aluguéis na “avenida mais bela do mundo” subiu 5,3% nos últimos doze meses, a 7.364 euros por metro quadrado, à frente do New Bond Street, que havia destronado a capital francesa em 2010, e no último registro, subiu 4,3%, a 6.901 euros o metro quadrado.
“Em contraste com a queda de 9,5% registrada no ano passado, o aumento do preço dos aluguéis no Champs-Elysées supõe o regresso ao seu maior nível, graças à abertura de novas lojas e de transações significativas”, indica o estudo, que cita principalmente o desembarque da britânica Marks and Spencer e da Banana Republic. A avenida também recebeu nos últimos meses marcas como Zara, Abercrombie and Fitch, Tommy Hilfiger e H&M para apesar do receio do governo da cidade de Paris de que o aumento dos aluguéis coloque em perigo os cinemas e restaurantes que existem na avenida.
“Outros projetos poderiam se concretizar nos próximos meses e fazer subir os preços dos aluguéis dos melhores lugares da Champs-Elysées”, prevê o estudo. “A recuperação econômica, embora fraca, o aumento do turismo na capital e a redução das oportunidades disponíveis aumentam o apetite das grandes marcas internacionais presentes em Paris ou que desejam entrar” na cidade luz, explica Christian Dubois, diretor-geral da Cushman & Wakefield.
Ainda mais caros – Mundialmente, o trio de avenidas que lideram com os aluguéis mais altos do mundo segue sem mudanças: a 5ª Avenida de Nova York continua sendo a mais cara, pelo segundo ano consecutivo, a 16.704 euros o metro quadrado (+21,6%), seguida pela Causeway Bay em Hong Kong, a 14.426 euros (+16,7%), e pela Ginza de Tóquio, a 7.750 euros (+8,7%). A Pitt Street Mall, em Sydney, passou da nona para a quarta mais cara, a 7.384 euros, devido ao aumento de 33,3% dos aluguéis.
(Com agência France-Presse)