O governo tem um mês para se manifestar sobre a mobilização dos auditores da Receita Federal, que acontece desde 18 de junho. Nesta quarta-feira, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) mandaram um recado ao Palácio do Planalto. Se até 31 de julho o Ministério do Planejamento não apresentar uma contraproposta salarial satisfatória, haverá assembleia em 1º de agosto com indicativo de suspensão total das atividades, ou seja, greve.
“Se isto acontecer, estaremos preparados para sustentar uma luta que já vem apresentando os primeiros resultados”, enfatizou Pedro Delarue, presidente do Sindifisco Nacional. Mais uma vez, ele destacou que a normalização das atividades ocorrerá somente depois de o governo federal abrir negociação.
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O Sindifisco pede reajuste salarial de 30,18% para compensar correções não-realizadas desde 2008. Querem ainda recomposição do quadro de pessoal, melhores condições de trabalho e adicional para quem trabalha em fronteiras e regiões inóspitas.
Desde 18 de junho, os auditores fazem uma operação padrão, que consiste seguir à risca todas as normas de inspeção de modo a deixar o processo mais moroso. A medida inclui ainda uma ação chamada “Crédito Zero”, na qual os dados sobre impostos cobrados sobre importação não são repassados ao sistema da Receita Federal, apesar de serem verificados diariamente pelos fiscais. A operação atrasa ainda mais a situação já caótica das importações brasileiras.