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Argentina se reunirá novamente com justiça norte-americana na sexta-feira

País terá mais uma chance para tentar estabelecer um acordo com fundos abutres sobre o pagamento dos títulos da dívida argentina

Por Da Redação
8 jul 2014, 12h42
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  • Autoridades argentinas se reunirão novamente na sexta-feira com um mediador indicado por um tribunal dos Estados Unidos para resolver a batalha jurídica com os credores, também chamados de fundos abutres, que demandam o pagamento total de títulos da dívida do país latino-americano. O chefe de gabinete Jorge Capitanich, entretanto, não mencionou se os fundos participarão da reunião.

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    Na última segunda-feira, o ministro da Economia, Axel Kicillof, encontrou-se com o mediador indicado pelo juiz Thomas Griesa, Daniel Pollack, em mais uma tentativa de por um fim no processo que se arrasta por anos. “Foi acertado que a reunião continuaria nesta sexta-feira”, disse Capitanich. “Tem sido um diálogo intenso”, acrescentou.

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    O que são fundos abutres?

    Fundo abutre é um jargão do mercado financeiro usado para classificar fundos de hedge que investem em papéis de países que deram calote – atuam, em especial, na América Latina e na África. Sua atuação é perfeitamente legítima. O termo abutre foi criado para diferenciá-los dos fundos convencionais, justamente por trabalharem como ‘agiotas’ de países caloteiros, emprestando dinheiro em troca de ‘títulos podres’. São considerados pelo mercado uma espécie de ‘investidor de segunda linha’. Sua atuação consiste em comprar títulos da dívida de nações em default por valor irrisório para depois acionar o país na justiça e tentar receber ganhos integrais. Os ‘abutres’ compraram os papéis da dívida argentina por 48,7 milhões de dólares em 2001 e querem receber, hoje, cerca de 1 bilhão de dólares. A Argentina, por sua vez, tenta escapar do pagamento. O país teme que, caso aceite pagar os ‘abutres’ integralmente, os 92% de credores que aceitaram a renegociação da dívida em 2005 e 2010 possam buscar na Justiça o direito de receber ganhos integrais. Neste caso, o pagamento poderia reduzir as reservas internacionais do país a praticamente zero. Outro agravante é que, devido ao histórico de calotes e decisões econômicas escandalosas do país, sua credibilidade para negociar com credores está fortemente abalada.

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    Cenário – O governo da presidente Cristina Kirchner tem até o dia 30 de julho para estabelecer um acordo com fundos abutres, ou seja, credores que não aceitaram os termos das negociações da dívida argentina, em uma disputa que levou a terceira maior economia da América Latina à beira do segundo calote em doze anos. Segundo a decisão do juiz Thomas Griesa, sem o acordo, o país ficará proibido de pagar juros aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida após o calote em 2002.

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    Mais de 92% dos credores aceitaram menos de 30 centavos por cada dólar de dívida nas reestruturações da dívida em 2005 e 2010. Já os holdouts recusaram os termos e entraram na justiça para receber o pagamento integral da dívida de 1,3 bilhão de dólares, acrescida de juros. Ele afirmam, no entanto, que estão dispostos a negociar com o governo.

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    (com agência Reuters)

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