A Embraer recebeu da American Airlines um pedido que pode chegar a até 150 aeronaves. Inicialmente, foram encomendados sessenta aviões E175 – um negócio avaliado em 2,5 bilhões de dólares, segundo os preços de tabela. A negociação envolve opção de compra de mais noventa aeronaves do mesmo modelo, o que elevaria o acordo para 6 bilhões de dólares. O negócio foi anunciado nesta quinta-feira pela fabricante brasileira.
A encomenda será incluída na carteira de pedidos firmes – negócios fechados de fato – do quarto trimestre deste ano da Embraer. Já as entregas estão previstas para começar no primeiro trimestre de 2015. A fabricante brasileira registrava, ao fim de setembro, uma carteira de pedidos firmes de 17,8 bilhões de dólares.
Ao longo de 2013 a Embraer recebeu 700 encomendas firmes e opções de E-Jets de companhias aéreas dos Estados Unidos. O E175 é um avião de 76 lugares, considerado pela Embraer de menor custo operacional. Os jatos para a American Airlines serão configurados com doze assentos na primeira classe e 64 na econômica, vinte com espaço extra. Em nota, o vice-presidente Sênior da American Airlines Companhias Regionais Kenji Hashimoto afirma que os jatos regionais permitirão melhorar a eficiência econômica de forma significativa ao reduzir os custos operacionais.
A American Airlines – controlada pela AMR Corp, que passa por um processo de fusão com a US Airways para sair da concordata – também anunciou uma encomenda com a principal rival da fabricante brasileira, a canadense Bombardier. O pedido para ela, porém, é menor que o feito para a Embraer: envolve trinta aviões CRJ900, avaliados em 1,42 bilhão de dólares, e com opção de compra de mais de quarenta unidades, o que elevaria o valor total da transação para 3,38 bilhões de dólares.
A Embraer prevê “um bom ano” de novas vendas de jatos comerciais em 2014, após o forte desempenho obtido em 2013, afirmou o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar de Souza e Silva. “Temos este trabalho de entregar os aviões (vendidos neste ano), preenchemos bastante a linha de produção para os próximos anos. Mas estamos vendo novas oportunidades em várias regiões do mundo, são oportunidades em vários lugares e podemos prever também um bom ano de 2014”, disse o executivo quando perguntado sobre as expectativas para o ano que vem.
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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)