O ministério das Finanças da Alemanha rejeitou a nova proposta da Grécia para extensão de seis meses do acordo de empréstimo com a zona do euro, alegando que o país não atende às condições definidas pelo bloco. “A carta de Atenas não é uma proposta que leva a uma solução substancial”, disse o porta-voz do ministério Martin Jaeger em comunicado. “Na verdade, vai na direção de um empréstimo-ponte (de curto prazo), sem atender às exigências do programa. A carta não atende aos critérios acertados pelo Eurogrupo na segunda-feira.”
O governo grego enviou nesta quinta-feira o pedido ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. Uma fonte disse à AFP que a proposta não incluiu a ampliação de todo o plano de resgate em vigor desde 2010 devido às medidas de austeridade. Segundo ela, o governo de Alexis Tsipras pediu a ampliação do acordo de empréstimo com o compromisso de garantir um equilíbrio orçamentário nos próximos seis meses.
No documento, o país ainda diz que estaria disposto a promover “reformas imediatas contra a evasão fiscal e a corrupção e, paralelamente, medidas para fazer frente à crise humanitária e reativar a economia”. De acordo com a fonte, o acordo pretende dar mais tempo ao governo grego para apresentar à zona do euro “um novo contrato para a reativação e o crescimento no período 2015-2019, que inclui um plano de “redução da dívida, como prevê a decisão de 2012 dos ministros das Finanças europeus”.
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Sinal positivo – Para o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o pedido da Grécia é um bom ponto de partida para um novo compromisso com a zona do euro. “Juncker teve inúmeros contatos e vê sinais positivos na carta de Atenas, que abre caminho para um compromisso razoável”, disse seu porta-voz Margaritis Schinas em coletiva de imprensa.
(Com agência Reuters e France-Presse)