Grécia pede ajuda financeira por mais seis meses
Proposta será avaliada nesta quinta por conselheiros dos ministros de Finanças da zona do euro. Documento não inclui medidas de austeridades previstas no programa de resgate de 2010
A Grécia pediu nesta quinta-feira uma extensão por seis meses do acordo vigente com credores europeus, de um empréstimo de 240 bilhões de euros (273 bilhões de dólares). O país prometeu honrar suas dívidas e não tomar medidas unilaterais que comprometam suas metas fiscais. Segundo documento enviado ao eurogrupo, um dos objetivos da ampliação do programa atual de resgate é “assegurar, trabalhando de perto com nossos parceiros europeus e internacionais, que quaisquer novas medidas sejam totalmente financiadas ao mesmo tempo evitando ações unilaterais que afetariam as metas fiscais, a recuperação econômica e a estabilidade fiscal”.
O presidente do eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também confirmou por meio de sua conta oficial no microblog Twitter que recebeu a proposta da Grécia nesta quinta. Fontes afirmaram para a agência EFE que o Grupo de Trabalho do Euro, formado por especialistas que trabalham para os ministros das Finanças da zona do euro, se reunirá nesta quinta-feira para avaliar o pedido da Grécia. Uma reunião extraordinária com os líderes do eurogrupo também está prevista para sexta-feira, em Bruxelas.
O atual programa de ajuda da Grécia vence em 28 de fevereiro e, por isso, a pressa para estendê-lo. Se o pedido for aceito, a Grécia ganha tempo para negociar um novo plano de resgate com os credores europeus e, então, discutir as reformas, incluindo as medidas de austeridade exigidas.
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Austeridade – Segundo o governo grego, a proposta de extensão do programa atual por mais seis meses não inclui medidas de austeridade do plano de resgate, que começou em 2010. O próprio pedido não inclui os termos ‘troika’ (grupo de credores) ou ‘resgate’. Mas, segundo o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, o pedido foi elaborado de maneira a agradar à direção do eurogrupo que havia dito na segunda-feira que estaria disposto a substituir algumas medidas consideradas “tóxicas” por outras medidas de mesmo impacto fiscal, mas menos agressivas.
A proposta da Grécia enfrenta forte oposição da Alemanha, que acredita que o acordo precisa vir acompanhado das reformas previstas no programa de resgate financeiro de 2010. A bandeira do novo governo grego nas eleições de janeiro, porém, foi assentada na recusa de mais austeridade fiscal.
(Com agência Reuters, EFE e France-Presse)