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Albertina encerra operação em usina e demite 600

Por Gustavo Porto, correspondente Ribeirão Preto, SP – A Companhia Albertina anunciou hoje o encerramento das operações industriais e a demissão de 600 funcionários da usina de açúcar e etanol em Sertãozinho,interior de São Paulo. Entre as justificativas para a decisão, a empresa, em recuperação judicial desde 2008, culpou o impasse jurídico criado Grupo Cosan. […]

Por Da Redação
6 fev 2012, 14h45
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  • Por Gustavo Porto, correspondente

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    Ribeirão Preto, SP – A Companhia Albertina anunciou hoje o encerramento das operações industriais e a demissão de 600 funcionários da usina de açúcar e etanol em Sertãozinho,interior de São Paulo. Entre as justificativas para a decisão, a empresa, em recuperação judicial desde 2008, culpou o impasse jurídico criado Grupo Cosan. Credora de Albertina, a gigante do setor sucroalcooleiro votou contra a decisão de venda dos ativos agrícolas para a LDC-SEV Bioenergia, por R$ 180 milhões, no final de 2011, e recorreu da decisão da Justiça de homologar o acordo.

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    “A Cosan recorreu e deve ir para as instâncias jurídicas superiores, enquanto 94% dos outros credores concordaram na assembleia. Esse credor traz um nível de incerteza jurídica que prejudica a negociação do parque industrial”, disse Marcelo Milliet, gestor da Albertina. “O impasse com o credor afastou as conversas iniciadas e enquanto não houver definição clara não tem jeito de negociar esses ativos industriais”, completou.

    O Grupo Cosan foi procurado pela Agência Estado, por meio da assessoria de comunicação, mas ainda não se manifestou. Em ocasiões anteriores, a companhia informou que não iria se posicionar até uma decisão final da Justiça sobre o caso.

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    Acertos

    Segundo Milliet, apenas 20 funcionários foram mantidos na empresa, 14 deles seguranças para o parque industrial. A Albertina mantém a usina capaz de processar 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra, um armazém para a estocagem de 2,2 milhões sacas de açúcar e tanques de álcool capazes de guardar 30 milhões de litros do combustível. “A Albertina seguirá apenas com algumas operações agrícolas remanescentes na região de Presidente Prudente (SP)”, explicou.

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    Milliet afirmou que os sindicatos das categorias demitidas já foram informados da decisão, que todos os salários estão em dia e que todas as homologações serão pagas. “Acreditamos que, por ser um momento próximo ao início da safra (2012/2013) de cana-de-açúcar, a absorção dos funcionários (por outras empresas) será facilitada”, explicou.

    O executivo comunicou ainda que as operações agrícolas da Albertina e as parcerias com produtores de cana da região de Ribeirão Preto, interior paulista, já foram assumidas pela LDC-SEV Bioenergia. A operação prevê o pagamento inicial de R$ 20 milhões, valor utilizado para a quitação de dívidas com funcionários restantes, os demitidos e os credores fora da recuperação judicial. Os R$ 160 milhões restantes, valor relativo à aquisição dos ativos agrícolas, serão pagos aos credores da recuperação judicial em 12 anos.

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    Indagado se a operação com a LDC-SEV Bionergia não estaria ameaçada por uma futura decisão judicial favorável ao Grupo Cosan, Milliet concluiu: “se ganharem, não sei o que pode acontecer; mas o contrato da LDC está implementado com base em decisão judicial, que no momento é favorável à empresa”.

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