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Walter Salles revive em Cannes espírito da Geração Beat

Alicia García de Francisco. Cannes (França), 23 mai (EFE).- O Festival de Cannes reviveu nesta quarta-feira o espírito da Geração Beat com a apresentação do filme ‘Na Estrada’, adaptação do diretor Walter Salles do romance de ‘On the Road: Pé na Estrada’, de Jack Kerouac. A produção tem no elenco estrelas como Kristen Stewart, Kirsten […]

Por Da Redação
23 Maio 2012, 11h15
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  • Alicia García de Francisco.

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    Cannes (França), 23 mai (EFE).- O Festival de Cannes reviveu nesta quarta-feira o espírito da Geração Beat com a apresentação do filme ‘Na Estrada’, adaptação do diretor Walter Salles do romance de ‘On the Road: Pé na Estrada’, de Jack Kerouac.

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    A produção tem no elenco estrelas como Kristen Stewart, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen, Amy Adams, Tom Sturridge, Elisabeth Moss e Alice Braga.

    Segundo Salles, o filme não é uma história sobre a geração beat, mas sim sobre os anos em que essa geração foi formada. ‘Os personagens no livro têm a coragem de experimentar tudo em carne viva e não através da tela’, explicou Salles em entrevista coletiva. ‘É muito importante criar uma visão crítica experimentando as coisas’, acrescentou o diretor.

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    ‘On the Road: Pé na Estrada’ conta os anos que Kerouac passou viajando pelos Estados Unidos na década de 1940 ao lado de seu amigo Neal Cassady e de figuras que no futuro se tornariam escritores famosos, como William S. Burroughs e Allen Ginsberg.

    O início da ação do filme é transferido para Nova York e mostra com detalhes a preparação da viagem de Kerouac. Além disso, a obra conta sobre o começo de sua carreira como escritor e sua relação com seus amigos, marcada por sexo, drogas e excessos.

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    Uma longa narrativa na qual os atores secundários têm mais densidade do que os protagonistas, e na qual Salles utiliza muitas paisagens naturais e emocionais.

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    Em sua adaptação para a telona, o cineasta tentou captar ‘o sentimento de perda’ presente no livro. ‘Quanto mais se afasta do ponto de partida, mais se ganha em profundidade, melhor se conhece e sabe o que se quer da vida, mas nesse caminho, também se perde algo. No final do livro nos damos conta de que é uma história de uma amizade desgastada’, explicou.

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    Num primeiro momento, o filme seria um documentário. Durante cinco anos Salles se reuniu com os personagens sobreviventes do livro e com gente influenciada por Kerouac, como Wim Wenders.

    No final, decidiu fazer uma obra ‘sobre um grupo que através de uma viagem se transforma em adultos, que ultrapassa as fronteiras de uma cultura como a dos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, que era muito conservadora’

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    Para fazer o filme, Salles contou com um grande elenco, liderado por dois atores menos conhecidos, Sam Reily, que encarna Kerouac, e Garrett Hedlund, que faz o papel de Cassady, além de Kristen Stewart, que atuou na saga ‘Crepúsculo’.

    Atores que assim como Salles se prepararam conversando com sobreviventes da história do livro e com pessoas relacionadas ou influenciadas pela Geração Beat.

    ‘Foi muito estimulante do ponto de vista emocional’, explicou Kristen, que considera que seu papel -a primeira mulher de Cassady e amante esporádica de Kerouac- encarna ‘verdadeiramente o espírito do livro’.

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    Kristen foi convidada por Walter Salles para atuar em ‘Na Estrada’ há alguns anos, quando ela tinha 16 anos, a mesma idade de sua personagem. ‘Estou muito feliz de ter esperado alguns anos para fazer o filme, porque era menos madura do que agora’.

    Sobre as cenas de sexo que protagoniza no filme, assegurou que ficou encantada em provocar medo em si mesma se impondo desafios para ir o mais longe possível.

    ‘Queria realmente forçar meus limites, ir além do roteiro. ‘Se é honesto não há razão para ter vergonha de nada’, disse a atriz.

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    Com uma pequena colaboração, como William S. Burroughs, Viggo Mortensen afirmou hoje que adorou participar do filme. Ele compareceu na entrevista coletiva da produção com uma bandeira da equipe canadense de hóquei Montreal Canadiens.

    Mortensen destacou a ‘incrível generosidade’ de Salles, o ‘roteiro excelente’ e o ‘equilíbrio entre os diferentes personagens’.

    Em sua opinião, o filme pode ajudar a uma tomada de consciência da importância dos movimentos de protesto que estão ocorrendo atualmente no mundo.

    Os jovens ‘simbolizam o espírito da época’, sua rejeição pelo que se passa, pelo status quo. Por isso o ator acredita que o filme chegou ‘no momento preciso’, no qual as pessoas poderão se identificar novamente com o livro de Kerouac. EFE

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