A vice-presidente da Sony Pictures Entertainment, Amy Pascal, renunciou ao cargo nesta quinta-feira, dois meses depois do ciberataque que o estúdio sofreu e que expôs e-mails, folha de pagamentos e outros documentos sigilosos do grupo. A executiva deixará formalmente a empresa, mas não cortará os laços: vai abrir uma produtora de filmes, séries de televisão e peças de teatro que será financiada pela Sony.
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A executiva foi a mais prejudicada pelo ciberataque atribuído à Coreia do Norte, em retaliação ao filme A Entrevista, uma sátira sobre o ditador norte-coreano Kim Jong-un. Os hackers vazartam diversos e-mails comprometedores trocados pela executiva. Em um deles, ela se queixa por ter que participar de um “estúpido” café da manhã com o presidente americano Barack Obama, a quem deveria perguntar sobre os filmes Django Livre, 12 Anos de Escravidão e O Mordomo da Casa Branca, todos abordando escravidão ou racismo nos Estados Unidos.
Amy começará seu novo projeto em maio. “Passei quase toda minha vida profissional na Sony Pictures e estou muito motivada a começar esse novo capítulo em uma empresa que sinto como se fosse minha casa”, afirmou a executiva na nota. “Sempre quis ser produtora”.
A Entrevista – Previsto para entrar em cartaz em 3 000 salas nos Estados Unidos no feriado do Natal, A Entrevista acabou rejeitado pelas grandes redes exibidoras do país por causa de ameaças terroristas. A Sony chegou a cancelar a estreia do filme, mas voltou atrás e lançou a produção em cerca de 300 salas de cinema independentes.
(Com agência France-Presse)