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Vibradores roubam a cena no Festival de Cinema de Toronto

Por Alberto E. Rodriguez
16 set 2011, 14h40

Os vibradores viraram o tema dominante do Festival de Cinema de Toronto, após a estreia, na quinta-feira, de “Hysteria”, filme que trata da invenção deste curioso aparelho, protagonizado por Maggie Gyllenhaal.

A película, uma comédia romântica da diretora americana Tanya Wexler, narra a verdadeira história de como dois médicos de Londres, interpretados por Hugh Dancy e Jonathan Pryce, auxiliados por um amigo fascinado por máquinas (Rupert Everett), chegaram a inventar o vibrador elétrico para tratar mulheres que, aparentemente, sofriam de histeria nos anos 1880.

Fisicamente esgotados com as massagens pélvicas que faziam em suas pacientes para aliviá-las de dores abdominais, eles inventaram um aparelho motorizado com o protótipo de um espanador giratório para acelerar o clímax.

Sem querer, o resultado contribuiu também para a independência sexual das mulheres.

Wexler disse, durante entrevista coletiva, que durante as filmagens, a maioria das mulheres do elenco e a equipe tinham sua própria história sobre vibradores.

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“Foi estranho que todas dissessem que ficaram tímidas na primeira vez”, contou a cineasta.

Inicialmente vendido como um dispositivo médico ou eletrodoméstico em lojas como Sears ou através de revistas como “Good Housekeeping”, o vibrador logo se tornaria um “brinquedo sexual” e passou a ganhar nomes como a “varinha mágica Hitachi” ou “coelho”, tornando-se disponível em sex shops.

“Agora é mais comum”, contou Wexler. “Ainda assim, fazer piada sobre o vibrador é muito mais subversivo do que pornografia na internet”, acrescentou.

Durante as filmagens, Wexler disse ter presenteado todos no set com vibradores. Ela confidenciou que os presentinhos provocaram um certo constrangimento no funcionário de controle de bagagens do aeroporto londrino de Heathrow.

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“O oficial disse, ‘você tem 20 ou 30 pequenos dispositivos eletrônicos na bagagem’ e eu respondi, ‘sim, são vibradores’, ao que ele declarou, ‘Siga adiante'”, lembrou o cineasta.

Gyllenhaal contou que, ao final das filmagens, ganhou um monte de vibradores de presente dos amigos.

Segundo Dancy, o que provocou mais risadas no filme foi “o fato de que os médicos (em 1880) diagnosticavam a sério uma doença não existente (a histeria) e faziam o que faziam sem nenhuma preocupação e sem ver nada de sexual nisso”.

“É assombroso”, comentou.

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O filme lembra ainda que os médicos continuaram diagnosticando mulheres com histeria ou excesso emocional difícil de lidar até 1952, quando a doença foi retirada dos textos médicos.

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