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Um furacão no domingo do Faustão

Gugu muda de horário e entra na briga com Fausto Silva, há oito anos campeão de audiência

Por Ricardo Valladares e Celso Masson
Atualizado em 23 jan 2024, 15h28 - Publicado em 29 out 1997, 19h48

Reportagem publicada em VEJA na edição 1519 de 29 de outubro de 1997

Faz tempo que um espectro ronda a TV Globo – o espectro do apresentador Gugu Liberato, 38 anos, 1,73 metro, 86 quilos, cabelo tingido de loiro, papada e nariz recauchutados pela faca de um cirurgião. Até duas semanas atrás, ocupando o modorrento horário entre meio-dia e 4 da tarde de domingo, quando a maior parte das pessoas ainda está fazendo a digestão do almoço em família, Gugu era um dos poucos apresentadores a tirar a liderança de audiência da emissora carioca. Nocauteou Xuxa e o programa Ponto a Ponto, varridos do ar sem muita cerimônia. Bateu também pesos pesados como Arnold Schwarzenegger em O Exterminador do Futuro – filmes sempre deixam uma bela marca no Ibope. O verdadeiro temor da Globo, porém, era que o apresentador mudasse de horário e entrasse em campo para disputar o troféu de campeão de audiência no horário nobre de domingo, que começa às 4 da tarde. Há quinze dias, o pesadelo tornou-se realidade. Pela primeira vez, o Domingo Legal de Gugu Liberato foi exibido entre 16h30 e 20 horas, num choque direto com o Domingão do Faustão. O resultado foi acachapante. Em São Paulo, a praça onde os números do Ibope são considerados o grande termômetro da platéia nacional, tanto para medir o humor dos espectadores como para contabilizar receita publicitária, Gugu teve uma média de 25 pontos contra 17 do concorrente. No Rio de Janeiro, reduto da Globo e onde o estilo SBT chega a ser motivo de ironia em muitas famílias, que se divertem dizendo que é excessivamente paulista, Faustão lidera com 21 pontos, mas agora enfrenta um rival que segue seus calcanhares com 18 – antes disso, o ibope do SBT era 10 pontos a menos e o da Globo, dois a mais.

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“Meu programa não estava num dia favorável”, explica Faustão, lembrando o jogador de futebol que reclama da “má fase”. “Mas não custa lembrar que ganhei do Silvio Santos por oito anos e meio, tanto que ele abandonou meu horário.” Para o SBT, o domingo, 19 de outubro, marcou um primeiro movimento público de Silvio Santos para preparar, discretamente, sua sucessão no vídeo. Ao trocar de lugar com Gugu, retirando-se para o horário do meio-dia às 4 da tarde, o dono do SBT passa a atuar num terreno menos árduo, preservando suas energias para o conflito das 8 da noite, quando segue apresentando o Namoro ou Amizade contra o Fantástico. Outro passo a ser tomado é a entrega de uma nova fatia a Celso Portiolli, apresentador de gincanas que guarda até certa semelhança física com o dono do SBT. No cotidiano da emissora, Silvio Santos anda mais ativo do que nunca. A maioria das mudanças realizadas ao longo do ano mostrou-se acertada e rendeu bons frutos na audiência, como a novela em estilo mexicano Chiquititas. Para a Globo, a derrota para Gugu foi a demonstração de que idéias burocráticas podem ser um desastre diante de um concorrente agressivo. Desperdiçando minutos preciosos para cumprir uma função doméstica, de alavancar outras atrações da casa, Faustão perdeu meia hora com a atriz Regina Dourado, a Alzira Noronha de Anjo Mau, chamada para falar de sua vida – a falta de interesse do público foi tamanha que a audiência despencou para o ponto mais baixo. Também se deu ao luxo de colocar no ar, mais uma vez, o casal Glória Pires e Orlando Morais, atriz e compositor da novela das 6. Outro momento de folga para o rival. “O Fausto Silva tem atores para exibir e eu não”, diz Gugu. “Esse recurso pode ajudá-lo, desde que bem aproveitado. Mas também pode me ajudar, pois me obriga a inventar coisas, a apostar em temas quentes.”

Cachorros que cantam – O próximo conflito começou a ser armado durante a semana passada, quando produtores e assistentes dos dois apresentadores passaram manhãs, tardes e noites em busca de idéias para golpear o rival – e também realizando delicadas operações de espionagem para penetrar nos planos do adversário e evitar surpresas desagradáveis. No domingo 19, Gugu levantou seu programa logo no início, mostrando cenas da intimidade das bailarinas do grupo É o Tchan, maior vendedor de discos da atualidade. Sem a menor preocupação com a originalidade, a produção de Faustão despachou uma equipe de câmaras e repórteres para Aracaju, com o intuito de mostrar, ao vivo, um show do É o Tchan no programa do domingo 26. Para se contrapor à corrida de caminhões animada por mulheres sem sutiã que Gugu mostrara na semana retrasada, armava-se, nos estúdios da Globo, atração igualmente insólita. Apresentar um quadro no qual três atores, entre eles Márcio Garcia, aquele namorado-instantâneo de Xuxa e Angélica, devoram um prato de sushi no corpo de uma modelo seminua. Como principal atração do programa, Gugu havia convidado a dupla Zezé di Camargo & Luciano. A produção de Fausto Silva ficou sabendo e chamou Leandro & Leonardo. Num esforço especial para recuperar a platéia no cenário da batalha perdida, Angélica foi convocada a dar um passeio de helicóptero pelo céu de São Paulo, enquanto a atriz Nair Bello teve a incumbência de organizar um almoço em companhia de Claudia Raia e seu bebê, Enzo. Esses quadros foram acertados e produzidos no decorrer da semana, mas isso não é garantia de que irão ao ar – numa disputa tensa e sujeita a viradas bruscas, nada tão natural como mudanças de última hora.

Com a familiaridade de quem trabalha na televisão desde os 12 anos de idade, quando Silvio Santos lhe dava uns trocados para ajudar a planejar gincanas que promovia na finada TV Tupi, Gugu é um apresentador movido por duas noções simples. A primeira é de que público adora programas ao vivo, e se diverte até quando alguma coisa sai errada. Seu outro ponto de honra é o que chama de valorizar a notícia. “Reparei que no domingo não há programas que tragam informação ao espectador. Quando Ayrton Senna sofreu aquele acidente na curva Tamburello, zapeava de canal em canal e ninguém falava nada. Era uma agonia”, diz. O conceito que Gugu possui para notícia é bastante elástico. Vai desde a cobertura de tragédias que comovem o país, como a morte dos Mamonas Assassinas, que seu programa cobriu numa jornada solitária e bem-sucedida, até a exibição de curiosidades de outra natureza. Pelo seu critério, a família mexicana Fajardo, cujos integrantes sofriam de uma rara doença genética que fazia nascer pêlos no rosto, é igualmente notícia. Cachorros que cantam, também.

Seu programa exibe baixarias, como o célebre quadro da banheira, no qual uma modelo seminua se esfrega com um convidado dentro de um tanque de água, ela tentando evitar que ele apanhe o sabonete que está no fundo. Gugu se faz de perseguido: “Hoje em dia, as pessoas vão com pouca roupa à praia e ninguém acha isso escandaloso. Mas no meu programa todo mundo reclama”. Usa o mesmo argumento para se defender do fato de ter apresentado meninas de 5 anos de idade em poses lúbricas rebolando ao som da “dança da bundinha”. “Qualquer criança faz isso em festa infantil.” Ele só tirou o quadro do ar por determinação da Corregedoria de Menores. Já em algumas ocasiões Gugu se arrepende. Achou de mau gosto o quadro de seu programa em que mulheres nuas pulavam de pára-quedas. “Foi coisa da produção, que me escapou. Nunca mais farei isso.” No domingo retrasado, apareceu no seu programa uma corrida de caminhoneiros em que mulheres sem sutiã desviavam a atenção dos corredores. “Exigi que desfocassem os seios delas”, diz.

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Pobre em bairro rico – Além das apelações, ele chegou a explorar artistas que tocavam em seu horário, obrigando-os a fazer hora extra cantando na caravana do Gugu. Com isso, ressuscitou uma forma de jabá que parecia enterrada desde os tempos de Chacrinha. “Era minha maneira de ganhar a vida. Hoje não preciso mais fazer essas coisas”, desculpa-se. Recentemente, Gugu teve de pagar 150.000 reais de indenização a uma cantora do grupo Banana Split, de sua empresa Promoart, que se queixou de ter sido coagida a se apresentar numa casa de massagem. “Pedi para meus ajudantes os papéis e vi que, apesar do que se fazia lá, era uma casa onde se apresentavam vários artistas respeitáveis, entre eles Amado Batista”, justifica-se Gugu, como se a presença de Amado Batista pudesse modificar o “que se fazia lá”. Hoje, o apresentador diz que quer deixar o passado de lado e entrar numa nova fase. Sem jabás, exploração de artistas ou baixarias no vídeo. “Não se pode buscar o sucesso a qualquer preço. Já exagerei no passado, e fui punido por isso. Hoje acho que há limites.”

Para fazer a pauta de seu programa, Gugu dorme às 10 da noite, e às 8 da manhã já leu dois jornais. Também assiste a todos os telejornais que consegue. Passa os dias em seu escritório na casa de vinte cômodos e 1000 metros quadrados que possui num condomínio fechado em Aldeia da Serra, a 30 quilômetros de São Paulo, e uma paisagem de subúrbio de filme americano. Ali despacha com os produtores de seus dois programas, Sabadão Sertanejo e Domingo Legal, sempre diante de sete aparelhos de TV que ficam ligados ao mesmo tempo. Quando vê algo que interessa, convoca uma equipe para sair em campo. Na semana passada, por exemplo, Gugu viu na televisão o acidente na Ponte Rio-Niterói envolvendo quatro ônibus e um caminhão. Na mesma hora pediu uma matéria especial sobre acidentes automobilísticos. “Só os que tiveram final feliz”, fez questão de ressaltar. “Os que acabam mal afastam a audiência.” Na quinta-feira de manhã, chamou sua auxiliar, Esther Rocha, pedindo-lhe que providenciasse uma atração especial para os espectadores que estão conectados na Internet: “Nos intervalos do programa, quem estiver na rede poderá acompanhar as cenas que se passam no palco,” explica. Com um contrato pelo qual tem obrigação de manter a audiência em 14 pontos, pelo menos, Gugu tem autonomia de vôo – e trabalha como seu próprio patrão. Pilota seu Domingo Legal de olho em um monitor de TV colocado no fundo do palco. Só chama os comerciais quando vê que Faustão também chamou. “Assim, se alguém mudar de canal no meu intervalo, verá que no canal concorrente também há propaganda, e acaba voltando”, ensina.

Gugu e Faustão são apresentadores populares e talentosos, mas cada um conta uma história diferente. Fausto Silva só ficou rico depois de trabalhar na TV, mas é filho de uma família de classe média letrada. Seu pai é economista e a mãe, professora. O próprio Fausto chegou a cursar até o 3º ano de direito na PUC de Campinas, que acabou largando para trabalhar no rádio. Já o paulistano Antonio Augusto Liberato, chamado de “Toninho” quando era pequeno, viveu a típica infância de menino pobre em bairro rico. Seu pai era caminhoneiro. Seus avós, donos de uma pequena mercearia na Avenida Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins, em São Paulo, possuíam um sobrado onde, no 2º andar, devia caber a família inteira. Gugu teve a infância do menino que olhava para o quintal do vizinho e admirava um gramado imenso que não podia freqüentar. Não tinha brinquedos – mas juntava na rua aqueles que os meninos de famílias endinheiradas jogavam fora. “A sorte é que os garotos que têm dinheiro se desfazem dos brinquedos quando aparece um pequeno defeito”, lembra.

Correspondente em Paris – Essa diferença marca o estilo dos apresentadores. Fausto Silva é o típico sarrista, o adolescente que tem posição para rir de todo mundo, debochar dos outros, agredir e até falar palavrão – pois seu lugar social sempre esteve assegurado. Ele olha a breguice brasileira de cima, com bom humor, e está na situação de quem tem direito de falar mal. Gugu não faz piada com o brega, até porque o sabe próximo. É educadíssimo, simpático, não esconde que quer agradar. Quando recebe médicos e advogados em seu programa, costuma tratá-los com a reverência de quem se dirige a um “doutor”. Não decora a própria casa – chama profissionais, que ali colocaram móveis caros, uma tapeçaria Aubusson, um quadro da princesa Carlota Joaquina, livros de arte espalhados pela mesa servindo como suporte para cinzeiros. Gugu não tem segurança de escolher as próprias roupas, combinar os próprios ternos e as gravatas – prefere copiar o que vê em revistas italianas. Já ganhou mais dinheiro do que conseguirá gastar ao longo da vida, mas trabalha como o cidadão que está batalhando para pagar a prestação de um pacote numa classe turística para Miami. “Meu público são os chamados “emergentes sociais”-, analisa Gugu, usando um jargão da moda. “E eu sei exatamente o que eles querem, porque também sou um deles.”

Descendente de imigrantes portugueses da região de Trás-Os-Montes, que na infância acordava de madrugada para ligar o forno de uma padaria da qual o pai foi sócio, Gugu tem o melhor contrato da televisão brasileira. Ele é o único artista que tem direito a negociar, ele próprio, doze minutos de merchandising em seu programa, o que lhe permite faturar 12 milhões de reais por ano. Com esse dinheiro, Gugu alavanca uma rede de onze lojas que vendem brinquedos e produtos eletroeletrônicos, ainda mantém um edifício comercial em São Paulo onde cobra aluguel, um parque de diversões, um estacionamento e sua empresa de agenciamento artístico, a Promoart, da qual pretende se desfazer pois, como diz, “artista dá muito trabalho”. Tudo somado, Gugu é uma máquina que fatura 30 milhões de reais por ano – sem contar receitas de novos negócios em preparação, como uma rede de postos de gasolina e, agora entrando na área de construção, três edifícios residenciais. Para tocar seus negócios, Gugu tem um conselheiro de todas as horas, o empresário, homem de circo e TV Beto Carrero, seu sócio na maioria dos investimentos, a quem atribui boa parte de seu sucesso. Mas também conta com outras três pessoas de confiança. Uma delas é o irmão, Amandio Augusto Liberato, ex-funcionário da Petrobrás. A outra é André Murad, irmão de Beto Carrero, advogado. A terceira é um amigo de infância, Ruy Lanzoni, ex-gerente das lojas Garbo. “Ele tem muitas atividades, mas é muito participativo, faz questão de se manter a par de tudo”, diz Lanzoni.

Aos 68 anos, sua mãe, Maria do Céu, lembra que o menino sempre foi bom para ganhar dinheiro. Aos 8 anos ele apanhava flores na vizinhança, picotava as pétalas e misturava com álcool. “Como o cheiro não ficava lá muito bom, ele sempre completava com uma pitada de um de meus perfumes”, lembra a mãe. Gugu vendia suas criações às empregadas domésticas do bairro – que, segundo ele próprio, compravam “por pena”. Mais tarde, especializou-se em recrutar coroinhas para casamentos. Teve seu primeiro emprego aos 12 anos, como office-boy de uma imobiliária e ganhou sua primeira bicicleta num concurso de balas. Na mesma época começou sua ligação com a televisão, onde entrou como aplicado participante de gincanas promovidas por Silvio Santos. Um dia, conseguiu chegar perto de seu futuro patrão para entregar um envelope com sugestões de novas promoções. Três semanas mais tarde, o apresentador decidiu aproveitar algumas delas e, encontrando o garoto, resolveu pagar-lhe 50 cruzeiros para cada idéia colocada em prática – na época, essa quantia equivalia a quase o dobro de seu salário na imobiliária. Seis meses mais tarde foi contratado como assistente de produção, tinha 19 anos quando ganhou a direção de um programa infantil, Domingo no Parque. Desconfiado de que, apesar de tudo, ali não tinha futuro, prestou vestibular e acabou aprovado num curso para dentista em Marília, no interior de São Paulo. Não agüentou um mês. De volta à TV, convenceu Silvio Santos a lhe dar um emprego como jornalista. “Meu sonho era ser correspondente em Paris, meu ídolo era o Reali Junior”, conta.

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Televisão e reeleição ” A realidade foi diferente. Silvio Santos o encarregou de comandar o programa Semana do Presidente, no qual apresentava relatos invariavelmente edificantes sobre o chefe de Estado de plantão. Acabou em Paris, uma vez, onde acompanhou João Figueiredo, realizando uma reportagem em que a primeira-dama, dona Dulce, conseguiu ser apanhada apenas em situações favoráveis. Satisfeito com o serviço, Silvio Santos mandou a fita para o presidente, que agradeceu. “Ele disse que dona Dulce não parava de assistir ao programa e mostrá-lo às amigas”, relembra Homero Salles, ex-diretor do programa de Gugu e hoje na TV Manchete. Silvio Santos usava a Semana do Presidente como cacife para arrebatar uma concessão de TV e Gugu, que também quer sua emissora, segue por um caminho parecido.

No ano passado, chegou a subir no palanque do candidato José Serra, derrotado por Celso Pitta nas eleições municipais de São Paulo. Seu discurso é de tucano histórico. “Sempre votei no Fernando Henrique e no Covas e voto no PSDB desde a fundação. Também só subo em palanques de candidatos do partido, sem cobrar nada.” Antes do tucanato, Gugu já foi admirador de Jânio Quadros, que derrotou Fernando Henrique, nas eleições municipais de 1985. Tem em casa duas esculturas compradas de seu espólio e um espelho que pertenceu a dona Eloá. Em 1989, ele votou em Mário Covas no primeiro turno e, no segundo, liderou uma caravana sertaneja que apoiou Collor. Foi Fernando Henrique sem hesitar em 1994 e, assim que for preciso, estará com a camisa de militante da reeleição.


Estilo mexicano

O faro de Silvio Santos como homem de televisão continua aguçado como sempre. Foi ele próprio quem comandou a mudança de rumos na emissora a partir do início deste ano. Primeiro, deixou Boris Casoy ir embora para a Record. No lugar de telenovelas com produção cara – no ano passado, o SBT chegou a investir 60 milhões de dólares na construção de uma cidade cenográfica -, voltaram os programas de linha brega-romântica. A emissora, que começava a ser ameaçada em seu propalado segundo lugar pela Record, voltou a ganhar fôlego no Ibope. A idéia de Silvio que deu mais certo foi a novela infantil Chiquititas. Co-produção argentino-brasileira, copiada de um programa do país vizinho, Chiquititas alcança média de 18 pontos de audiência no horário das 8 e já incomoda o Jornal Nacional. Espera-se um sucesso parecido com o da novela mexicana Carrossel, que em seu auge chegou a uma média de 25 pontos. Até porque Chiquititas é uma febre entre as crianças. O disco com a trilha sonora da novela é o mais bem-sucedido lançamento infantil do ano. Já vendeu 800000 cópias. O CD de Angélica, para citar um exemplo, vendeu 300000. “A novela estava prevista para durar até fevereiro, mas com o sucesso deverá ser prorrogada”, diz Roberto Monteiro, produtor executivo do programa, que comanda o elenco de 25 brasileiros hospedados na Argentina, onde Chiquititas é gravada.

Outros programas da emissora também estão fazendo sucesso. A apresentadora Márcia Goldschmidt, aquela que traz os convidados para brigar no ar, tem média de 14 pontos de Ibope, um belo desempenho no horário – crescimento de 67% em relação ao programa anterior. Alô Cristina, em que a apresentadora Cristina Rocha distribui prêmios para quem atende o telefone enquanto assiste ao seu programa, dá uma média de 12 pontos, 20% mais do que o antecessor, a série Hércules. Até programas antigos estão em alta. O de Hebe Camargo, por exemplo, melhorou até 10 pontos de julho para cá. A pergunta é: o que Silvio Santos vai fazer com o elenco que contratou para novelas que não davam mais de 6 pontos no Ibope, audiência de Os Ossos do Barão? A resposta: teleteatros populares. Entre os primeiros estão No Amor Não Tem Reprise e Do Destino Ninguém Foge, escritos pela mexicana Marisa Garrido, que, como os títulos sugerem, contam histórias lacrimogêneas de paixões malsucedidas. Algumas das estrelas da emissora, como Irene Ravache, Jussara Freire, Jandira Martini e Joana Fomm, comandaram na semana passada um levante contra a ruindade dos textos. Na quarta-feira, a situação já estava contornada. As gravações começam no próximo dia 3. As atrizes ficaram satisfeitas com pequenas modificações nas falas. Talvez tenham assistido também a algum capítulo de Por Amor, da Globo, e descobrido que, em matéria de mexicanização, a novela das 8 da Globo é insuperável.

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