UBC: 79% das mulheres na música já sofreram discriminação
Levantamento inédito da União Brasileira de Compositores apontou ainda problemas no recebimento de direitos autorais
Uma nova pesquisa da União Brasileira de Compositores, com o objetivo de medir a participação feminina entre os associados, reuniu mais de 250 mulheres para entender suas experiências na indústria da música. Como resultado, foi descoberto que 79% delas afirmou ter sofrido discriminação de gênero em algum momento na carreira.
Outra descoberta foi a de que, aos poucos, a diversidade de gênero e de orientação sexual começa a despontar entre as entrevistadas, das quais 55% se consideram mulheres cisgênero heterossexuais, 23% cisgênero bissexuais, 17% cisgênero homossexuais e 1% mulheres transgênero.
Além disso, 53% das mulheres entrevistadas afirmaram nunca terem recebido algum valor de direitos autorais. Apenas 3% do grupo recebem mais de 54 mil reais em direitos desse tipo.
O relatório faz parte da edição 2021 da pesquisa Por Elas Que Fazem a Música, iniciativa da União Brasileira de Compositores que visa ressaltar a necessidade de equiparação de condições e rendimentos entre os sexos no mercado musical.