Tippi Hedren volta a acusar Alfred Hitchcock de assédio sexual, dessa vez em seu livro de memórias, Tippi, a ser lançado em 1 de novembro. A atriz estrelou um dos maiores sucessos do diretor, Pássaros, e alega que ele teria desenvolvido uma obsessão por ela logo após assinarem um contrato de cinco anos. Hitchcock faleceu em 1980, vítima de insuficiência renal.
Hedren foi descoberta pelo diretor inglês por volta da década de 1960, enquanto fazia um comercial de shake para emagrecer para a televisão. Ela havia mudado há pouco para Los Angeles, depois do divórcio de Peter Griffith. Segundo conta em suas memórias, Hitchcock alertou a todos no set de Pássaros para não “tocar a garota”, inclusive seu co-protagonista, Rod Taylor. Tippi também escreve que todas as vezes em que Hitchcock a via conversando com outro homem, ficava “frio” e “petulante”: “sem expressão, encarando… mesmo se ele estivesse conversando com um grupo de pessoas do outro lado do palco”.
Hedren também acusa o “Mestre do Suspense” — casado com Alma Reville — de tentar “algo a mais” com ela. Hitchcock supostamente pedia com frequência que seu motorista passasse em frente à casa de Tippi, mandou analisar a caligrafia da atriz e, certo dia, no banco de trás de sua limusine, pediu que ela “o tocasse” e tentou beijá-la. Ela deixa claro em seu livro que não tornou o caso público pois na época “assédio sexual e perseguição não existiam”.
Além de Pássaros, Tippi Hedren estrelou outro longa do diretor, Marnie, Confissões de uma Ladra, após Grace Kelly recusar o papel.