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Thalita Rebouças caminha para seu primeiro milhão

Escritora que se tornou ídolo das adolescentes lança 'Era uma vez minha primeira vez', sua 12ª obra, e tem três títulos sendo adaptados para o cinema

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
6 Maio 2011, 18h50

“Não quero ser uma tia chata. Sou uma tia legal”

Duas horas antes de Thalita Rebouças chegar à noite de autógrafos de seu 12º livro, Era Uma Vez Minha Primeira Vez, em uma livraria do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, suas fãs e ávidas leitoras já estavam à espera. Yasmin levou mais de uma hora e meia para vir de Ramos, do outro lado da cidade. Manuela foi mais veloz, posicionou-se no primeiro lugar da fila e, como prêmio, ganhou dedicatórias diferentes em cada um dos doze livros que levou para a autora autografar.

Três horas e meia depois, a missão da noite estava cumprida. Centenas de meninas, entre 10 e 17 anos, que levaram caixas de bombons e bijuterias de presente para a escritora, saíram com fotos, dicas, e, é claro, a nova obra debaixo do braço. Thalita fez questão de passar batom e beijar cada exemplar. Com os de hoje, já são quase 900 mil beijos. “Quero chegar a um milhão de livros ainda neste primeiro semestre. No dia 28 de junho vai ter um festão em um hotel no Leblon para comemorar a marca, acho que até lá já passou, mas escolhemos uma data para comemorar pelo simbolismo. É difícil para o autor dizer o quanto um livro vai ter de sucesso, mas com certeza é com este livro que vamos atingir o número. É torcer para vender muito. Igual ao ‘Ela disse, ele disse’, que é um dos últimos e está fazendo uma linda carreira, está sendo adotado nas escolas”, disse Thalita.

Se depender do histórico recente, ela já pode comemorar. Na Biblioteca Comunitária Parque de Manguinhos, que comemorou um ano de inauguração na última sexta-feira, sete dos dez livros mais emprestados são dela. “É super emocionante em uma região carente de cultura, carente de tudo, os meus livros serem os mais retirados. Isso é incrível, emocionante, dá vontade até de chorar. Eu viajo o Brasil todo e conheço meninas de todas as classes que me lêem, nunca imaginei isso”, diz a escritora emocionada.

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Mas Thalita quer ultrapassar as fronteiras de idioma. Sucesso em Portugal (tem seis livros lançados no país), ela negocia os direitos de suas obras na Itália, Espanha e Inglaterra. Com bom humor, ela diz que quer ser o Paulo Coelho de saias. “Ah, eu também quero comprar o meu castelo”, brinca. “Tenho muita vontade de ser lida em outros países, mas tem que ser uma proposta interessante, uma editora legal, não pode ser um lançamento qualquer”, completa.

Antes de superar fronteiras, a obra da escritora chegará aos cinemas brasileiros. A autora fechou contrato com três produtoras cinematográficas diferentes para transformar em filmes Ela disse, ele disse, Uma fada veio me visitar e Tudo por um namorado. “Já negociei os direitos, só está faltando mesmo assinar o contrato de Tudo por um namorado, mas está praticamente tudo certo. São três livros meus que estão sendo adaptados para a telona, acho que em 2012 já devem estar pipocando, eu espero”, adianta.

Antes de ser conhecida, Thalita distribuía pirulitos em livrarias e anunciava seus livros em altos brados nas feiras literárias. O sucesso não mudou o seu estilo peculiar de divulgar seu trabalho. Durante a noite, distribuiu brigadeiros para as leitoras, em uma simpática caixinha com a inscrição “Ler comendo brigadeiro é legal”, e botons da campanha “Ler é bacana”. “É uma resposta ao ‘ler é chato’, que eu tanto ouvi no começo da minha carreira há 11 anos. Ler não é chato, é muito legal. Já distribuí mais de 20 mil botons ao longo desses anos todos, e muita gente boa já aderiu essa campanha. O Veríssimo, Zuenir Ventura, João Ubaldo, Guti Rocha, Ziraldo. Fico muito feliz por ver os botons nas mochilas das alunas das escolas por onde passo. É lindo, é fofo”, comemora.

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Antes da criação literária, Thalita Rebouças passou pela faculdade de Direito durante dois anos. Depois, resolveu cursar jornalismo e trabalhou em várias redações e assessorias de imprensa no Rio de Janeiro, no Guarujá e em Nova York. Hoje, ela acredita que em time que está ganhando não se mexe e persiste na temática adolescente – sempre tratada com muito bom humor. “Fico muito à vontade para escrever sobre o universo feminino. Eu não vou escrever livros de vampiro e não vou escrever um livro de bruxa. Crepúsculo eu comecei a ler, mas eu não amo vampiro e não terminei. Mas bato palmas para a Sthephanie Meyer, por ter feito tanta gente ler. Harry Potter eu li o primeiro, gostei muito, mas também não me interesso por bruxos e não quis ler o resto da série”, conta.

Em Era Uma Vez Minha Primeira Vez, ela conta a história de seis amigas inseparáveis, todas entre 15 e 19 anos, que enfrentam juntas o antes, durante e depois de um dos momentos mais importantes de sua vida: a primeira relação sexual. Mas não espere um manual com dicas sobre sexo, virgindade, gravidez e afins. “Não é um livro que a pessoa vai ligar para o namorado e falar: ‘estou pronta, vamos hoje’. Pelo contrário, é um livro que faz a menina pensar. É um livro que vai fazer companhia às meninas que estão pensando nisso ou ainda vão passar pela situação. O livro trata das emoções, do antes e depois, o sexo em si passa batido”, pondera, sem querer usar tom professoral. “Não quero ser uma tia chata. Sou uma tia legal”, finaliza, aos risos.

Era Uma Vez Minha Primeira Vez (Ed. Rocco, 172 páginas, R$ 27,50) está sendo lançado simultaneamente em seis capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá, Salvador, Recife e Alagoas, e em outras cidades do país.

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