Os quatro membros do lendário grupo Abba se mostraram a princípio resistentes, mas acabaram por abraçar o projeto do museu que abrirá suas portas nesta terça-feira, em Estocolmo, com programação totalmente dedicada à banda. “Vocês vão poder nos ver juntos no museu. Não poderiam nos ver mais de perto do que isso”, afirmou, em tom de brincadeira, Björn Ulvaeus, durante uma coletiva de imprensa, descartando ualquer possibilidade de um retorno do grupo aos palcos.
Abba The Museum abre ao público nesta terça-feira. A história de Björn e dos outros é reconstruída no museu. Vale tudo: fotos de infância, os primeiros sucessos, a formação do grupo, imagens de dois casais em sua intimidade, os trajes que vestiam nas turnês, mas também a reconstrução do estúdio de sua produtora, a mesa de trabalho do estilista ou o estúdio de gravação. O visitante é guiado por 1.300 m² ao som das vozes de seus ídolos gravadas para a ocasião. Também trata da vida cotidiana, da vida com os filhos, da ruptura, de crises, coisas de que não falamos muito, divórcios. Supera a imagem lúdica que criamos”, explica Björn. Ele foi casado com Agnetha, com quem teve dois filhos. Benny e Anni-Frid formavam o outro casal.
Desde 1974, o grupo, que durou dez anos, vendeu 378 milhões de álbuns no mundo inteiro. “Depois de dez anos, a energia criativa diminui. Então, em 1982 pensamos em fazer outra coisa”, disse Björn. Ele esteve pessoalmente envolvido na concepção do local, e garantiu parte de seu financiamento. “Eu disse a mim mesmo que deveria fazer de tudo para torná-lo tão bom quanto possível”, explicou. “Esta é uma história que vale a pena ser contada! Meus netos estão começando a fazer perguntas. Tenho uma neta de cinco anos e talvez seja um pouco cedo para começar a conversar sobre uma banda pop e celebridades com ela. Mas depois acho que vou escrever uma história: era uma vez, um menino em uma cidade pequena em algum lugar na Suécia, que recebeu uma guitarra de Natal quando tinha onze anos”.
(Com agência France-Presse)