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Richard Serra, artista que revolucionou a escultura, morre aos 85 anos

Artista foi um dos mais importantes do século XX ao repensar a relação entre espaço, obra e espectador

Por Thiago Gelli Atualizado em 27 mar 2024, 12h20 - Publicado em 27 mar 2024, 11h40

O escultor Richard Serra, celebrado pelo trabalho monumental e rigoroso em grandiosas obras de aço, morreu na terça-feira, 26 de março, em sua residência em Nova York, abatido por uma pneumonia. Aos 85 anos, o artista californiano acumulava mais de seis décadas de carreira, ao longo das quais tornou-se um dos mais importantes nomes do século 20 por trabalhos que se integravam ao espaço arquitetônico ao redor e obrigavam o espectador a explorar o ambiente e expandir o escopo da percepção para apreendê-los. No Brasil, a escultura Echo, composta por duas chapas de 18 metros de altura, pode ser vista no IMS de São Paulo, na Avenida Paulista.

Serra nasceu em 1938 na cidade de São Francisco e estudou artes plásticas em Yale no início dos anos 1960, onde experimentou com materiais industriais, borracha, fibra de vidro e neon. Foi no final da década que chegou a seu estilo característico, demonstrado pela obra One ton prop (House of cards), composta por blocos de chumbo empilhados, atualmente mantida no acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York.

Nos anos seguintes, voltou sua atenção ao aço e transferiu suas instalações ao ar livre, acenando às futuras interferências que faria em espaços públicos. Dentre elas, destacam-se as curvas de The Matter of Time, exposta no Museu Guggenheim Bilbao, na Espanha, e Tilted Arc, que ficou na Federal Plaza de Nova York entre 1981 e 1989, ano em que foi removida e picotada após protestos daqueles que consideravam o trabalho opressivo e excessivamente vanguardista, muito ao desagrado de Serra, que considerava relocar a escultura corrompê-la: “É um trabalho para um lugar específico. Remover o trabalho é destruir o trabalho”, disse em 1990.

'Tilted Arc' ocupava mais de 36 metros da Federal Plaza em Nova York
‘Tilted Arc’ ocupava mais de 36 metros da Federal Plaza em Nova York (Frank Martin/Getty Images)

Na última década de sua vida, ergueu East-West/West-East, feita de quatro placas fincadas no deserto do Qatar, espaçadas ao longo de 1 quilômetro. Para ele, a obra era a “a coisa mais satisfatória” de toda sua vida.

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