1/40 O artista chinês Qiu Zhijie finaliza a obra Map (Mapa), que foi traçada na parede da rampa que sai área Parque e que desaparecerá assim que a exposição for encerrada, em dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
2/40 O artista chinês Qiu Zhijie finaliza a obra Map (Mapa), que foi traçada na parede da rampa que sai área Parque e que desaparecerá assim que a exposição for encerrada, em dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
3/40 Obra Voto!, da artista pernambucana Ana Lira (Heitor Feitosa/VEJA.com)
4/40 Os retratos de criminosos anônimos estampados em páginas policiais de jornais paraenses transformados em pinturas gigantes na obra de Éder Oliveira (Heitor Feitosa/VEJA.com)
5/40 Martírio, do maranhense Thiago Martins de Melo (Heitor Feitosa/VEJA.com)
6/40 Violência, do artista argentino Juan Carlos Romero (Heitor Feitosa/VEJA.com)
7/40 Vila Maria, de Danica Dakić, em colaboração com Roger Avanzi, com integrantes da escola de samba Unidos de Vila Maria e com o fotógrafo Egbert Trogemann (Heitor Feitosa/VEJA.com)
8/40 Obra Those of Whom (Aqueles dos Quais), da artista indiana Sheela Gowda (Heitor Feitosa/VEJA.com)
9/40 A Fortaleza reúune fotografias do artista paulistano radicado no Ceará Yuri Firmeza (Heitor Feitosa/VEJA.com)
10/40 Histórias de Aprendizagem, da chilena Voluspa Jarpa (Heitor Feitosa/VEJA.com)
11/40 Wonderland, do artista turco Halil Altindere (Heitor Feitosa/VEJA.com)
12/40 Obra Manto, da artista peruana Julia Paucar (Heitor Feitosa/VEJA.com)
13/40 Museu Travesti do Peru expõe o projeto Linha do Tempo da Sexualidade Peruana, com objetos, textos, imagens e documentos relacionados à cultura e sexualidade no país (Heitor Feitosa/VEJA.com)
14/40 Museu Travesti do Peru expõe o projeto Linha do Tempo da Sexualidade Peruana, com objetos, textos, imagens e documentos relacionados à cultura e sexualidade no país (Heitor Feitosa/VEJA.com)
15/40 Obra AfroUFO, de Tiago Borges e Yonamine (Heitor Feitosa/VEJA.com)
16/40 Artistas finalizam a obra AfroUFO, antes da abertura da Bienal para o público (Heitor Feitosa/VEJA.com)
17/40 A instalação do Los incontados: un Triptico (Os Não Contados: um Tríptico), do grupo Mapa Teatro, laboratório de artistas com sede em Bogotá, na Colômbia (Heitor Feitosa/VEJA.com)
18/40 Obra Mapa Mundi (1979), do artista chileno Juan Downey (Heitor Feitosa/VEJA.com)
19/40 Balayer - A Map of Sweeping, projeto em vídeo da artista britânica Imogen Stidworthy (Heitor Feitosa/VEJA.com)
20/40 Obra Letters to the Reader (Cartas ao Leitor), do artista libanês Walid Raad (Heitor Feitosa/VEJA.com)
21/40 Artistas finalizam obra antes da abertura da Bienal para o público (Heitor Feitosa/VEJA.com)
22/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
23/40 A instalação The Incidental Insurgents (Os Insurgentes Incidentais), dos artistas palestinos Basel Abbas e Ruanne Abourahme (Heitor Feitosa/VEJA.com)
24/40 Obra Archéolgie marine (Arqueologia marinha), do artista senegalês El Hadji Sy (Heitor Feitosa/VEJA.com)
25/40 Dark Clouds of the Future (Nuves Escuras do Futuro), do artista indiano Prabhakar Pachpute (Heitor Feitosa/VEJA.com)
26/40 The Ecluded. In moment of danger (Os Excluídos. No momento do perigo), projeto do coletivo russo Chto Delat (Heitor Feitosa/VEJA.com)
27/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
28/40 Funcionários realizam os últimos ajustes antes da abertura da Bienal de Artes de São Paulo no Ibirapuera (Heitor Feitosa/VEJA.com)
29/40 Instalação da artista egípcia Anna Boghiguian (Heitor Feitosa/VEJA.com)
30/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
31/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
32/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
33/40 Obra Sagrado Corazón de Marica (Sagrado Coração de Bicha), do artista espanhol José Pérez Ocaña (Heitor Feitosa/VEJA.com)
34/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
35/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
36/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
37/40 A 31ª Bienal de Artes de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro a 7 de dezembro (Heitor Feitosa/VEJA.com)
38/40 31ª Bienal de Artes de SP (Heitor Feitosa/VEJA.com)
39/40 Luis Terepinis, presidente da Fundação Bienal (Heitor Feitosa/VEJA.com)
40/40 O escocês Charles Esche, curador da 31ª Bienal de Artes de SP (Heitor Feitosa/VEJA.com)
A 31ª edição da Bienal Internacional de Artes de São Paulo, a mais politizada desde os anos da ditadura militar, atraiu bom público no primeiro fim de semana. Ainda não há dados oficiais sobre o número de pessoas que visitaram a mostra no sábado e no domingo, mas já é possível eleger três obras entre as que chamam mais a atenção do público: o filme Inferno, da israelense Yael Bartana, seguido de Línea de Vida, instalação do Museu Travesti do Peru sobre a vida de travestis, transexuais e andróginos do Peru, e Wonderland, vídeo do turco Halil Altindere que mostra ciganos fugindo da polícia enquanto um grupo de hip-hop denuncia a destruição de assentamentos históricos de Istambul para dar lugar a empreendimentos imobiliários de luxo.
De modo geral, os vídeos despertam maior interesse nesta Bienal, a despeito de exigir do público mais atenção e tempo. Além das obras anteriormente citadas, uma que tem provocado discussão é a instalação participativa Errar de Dios, do grupo argentino Etcétera, que se apropria da obra Palabras Ajenas, de León Ferrari (1920-2012), para discutir a relação entre religião e política, isto numa época de eleições e com uma candidata evangélica à presidência. Na instalação, o público pode fazer intervenções espontâneas, sobrepondo sua voz a um texto gravado com as vozes do papa e Angela Merkel, entre outras.
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O relações públicas Raphael Carapial esteve na sala de Leon Ferrari e do Etcétera. Ao sair desse “tribunal”, que julga personagens públicos, ele teve a oportunidade de ver as intervenções iconoclastas de Ferrari nas imagens de santos e santas de Igreja católica, que foram consideradas blasfemas quando o papa Francisco ainda era cardeal em Buenos Aires. O visitante não se chocou. “Especialmente agora, quando a política está tão próxima da religião, essa obra coloca em pratos limpos essa relação”, disse Carapial.
A religião institucionalizada é o foco do filme Inferno, rodado em São Paulo pela cineasta israelense Yael Bartana. O foco é a réplica do Templo de Salomão pela Igreja Universal do Reino de Deus, vista como uma tentativa de criar uma manifestação religiosa de caráter híbrido, disposta a atrair fiéis de outras religiões seminais, competindo com elas. O documentarista Fábio Bardella, que viu ontem o filme, gostou do modo como Yael Bartana “mostra o mercantilismo associado à fé”. Para ele, a construção do templo não está associada ao espírito que norteou os templos bíblicos arcaicos, mas ao fomento do “turismo religioso”.
Outra obra que provoca o público também está atrelada ao papel da religião. Línea de Vida propõe uma revisão crítica das relações perigosas entre Igreja e Estado, mostrando como os indígenas do Peru foram obrigados a aceitar a tutela católica e abandonar seus antigos rituais na época da colonização. A sala de Giuseppe Campuzano, em forma de espiral, mostra a evolução dos mecanismos repressores contra andróginos e travestis no Peru, apresentando como contraponto ativistas que concorreram a cargos públicos.
“Não sabia da existência do Museu Travesti do Peru e também me surpreendeu essa luta dos travestis para conseguir se eleger”, diz o professor de História Luís Valentim, carioca em visita à Bienal. O museu, na verdade, é portátil, e pode ser instalado em qualquer praça ou feira livre, ao contrário do Museu da Diversidade Sexual que São Paulo verá brevemente instalado na avenida Paulista, no antigo casarão Franco de Mello (o governo paulista já destinou 1,1 milhão de reais para o seu restauro).
A engenheira Samara Pineschi também ficou impressionada com a linha do tempo que acompanha a vida de travestis e andróginos no Peru. “Acho que é um bom retrato não só do fenômeno do travestismo, mas da relação que se estabelece quando o homem reconhece a cultura feminina e se identifica com ela.”
O elemento feminino, aliás, está ausente no vídeo Wonderland, do curdo Halil Altindere. Não há uma única mulher em qualquer cena, o que poderia amenizar a presença agressiva de policiais e hip-hops que fogem pelas ruas de Istambul. Nessa perseguição implacável, jovens de periferia defendem os assentamentos de Sululuke, em Istambul, que o novo governo quer transformar em bairros de luxo. O francês Fabian Mendes e sua namorada Bruna estiveram ontem na Bienal e viram o vídeo. “Fica bem clara sua mensagem, a de que a burguesia turca quer ter sob controle os jovens, mesmo que seja preciso usar a linguagem do gangasta rap para atrair os garotos.”
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