Produtor pede desculpas por ofensas a Angelina Jolie
Em e-mails enviados em fevereiro à presidência da Sony, Scott Rudin, então descontente com a atriz, a chamou de mimada e sem talento
“Não adianta chorar o leite derramado.” O velho ditado talvez se encaixe no caso de Scott Rudin, produtor de filmes como o ganhador do Oscar Onde os Fracos Não Têm Vez (2007). Rudin chamou Angelina Jolie de mimada, sem talento e egocêntrica em e-mails enviados à vice-presidente da Sony, Amy Pascal – as mensagens vazaram durante ataque hacker à empresa, em novembro. Depois de ter seus e-mails publicados em toda a imprensa, o produtor emitiu um pedido público de desculpa.
“E-mails particulares entre amigos e colegas, escritos às pressas, sem pensar muito ou sem muita sensibilidade, mesmo quando o conteúdo era para ter um tom de brincadeira, podem resultar em ofensa não intencional”, diz um trecho do comunicado. As informações são do site americano Deadline. “Fiz uma série de observações que eram para ser apenas engraçadas, mas à luz fria do dia vemos que elas foram, de fato, impensadas e insensíveis. Isso não é nada engraçado. Para qualquer um que ofendi, digo que estou profundamente e verdadeiramente arrependido e peço desculpas por quaisquer danos que possa ter causado”, acrescentou.
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Amy também quis se desculpar. “O conteúdo dos meus e-mails para Rudin foram insensíveis e inadequados, mas não são um reflexo de quem eu sou. Embora se tratasse de uma comunicação privada, que foi roubada, aceito a responsabilidade total pelo que escrevi e peço desculpas a todos os que se sentiram ofendidos”, escreveu, de acordo com o site do jornal americano The New York Times.
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Segundo informações do site Gawker, que teve acesso às mensagens vazadas, Rudin escreveu em fevereiro à Amy pedindo que ignorasse a insistência de Angelina para ter o diretor David Fincher na produção de um futuro projeto seu, um remake do filme Cleópatra (1963). O produtor estava furioso com a atriz de Malévola (2014) porque queria Fincher em outro projeto, na direção do filme que ele estava produzindo, a nova cinebiografia do cofundador da Apple, Steve Jobs.
De qualquer forma, Fincher acabou afastado do projeto de Rudin em abril, porque teria exigido um controle excessivo sobre a estratégia de marketing do longa – que, no final de novembro, foi vendido para a Universal por 30 milhões de dólares. Angelina e a Sony não se manifestaram sobre o assunto.