A escritora E.L. James, de Cinquenta Tons de Cinza, participou de uma sessão de perguntas e respostas no Twitter, na noite desta segunda-feira, com questões que seriam selecionadas a partir da hashtag #AskELJames. Porém, o que seria só mais uma ação de divulgação de seu novo livro, Grey, se tornou um longo painel de críticas e ironias dos usuários do microblog. A maioria dizia respeito à baixa qualidade da escrita da autora, além da controversa relação entre os protagonistas de sua obra.
“Após o sucesso de Grey, você pensa em recontar a história da perspectiva de alguém que realmente saiba escrever”, diz uma das perguntas sobre o novo livro da autora, que narra a mesma trama de sua trilogia erótica, mas, agora, sob o ponto de vista do personagem sadomasoquista Christian Grey.
“O que você mais odeia: mulheres independentes ou a língua inglesa”; “Você é paga cada vez que usa um adjetivo?”; “Você já usou um dicionário?”; “Já pensou em aumentar o vocabulário, ou seria muito difícil?”, dizem alguns dos comentários feitos durante a sessão.
O relacionamento de Ana e Christian, protagonistas da série de livros, foi um dos alvos favoritos de perguntas irônicas. “Preciso de um conselho para fazer um gesto romântico. Você acha que eu deveria colocar um GPS no iPhone dela para rastreá-la ou ameaçá-la se ela tentar me deixar?”. “É aceitável Christian perseguir, coagir, ameaçar e manipular Ana porque ele é bonito ou só porque ele é rico?”.
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“Você viu a relação abusiva de Bella e Edward e pensou: ‘hum, precisa ter mais abusos’?”, questionou outra usuária do Twitter, em referência à inspiração de E.L. James, a série de livros vampirescos Crepúsculo. “Você é tão homofóbica na vida real como são seus livros?”, diz outro sobre críticas que a autora já recebeu no passado e por ter recusado Matt Bomer, o ator favorito ao papel de Christian pelos fãs, por ele ser gay assumido.
Por fim, os usuários com comentários ruins sobre a obra de E.L. foram bloqueados por ela na rede social. “Por favor, você me desbloquearia? Me perdoe por ter feito piadas com o seu livro horroroso”, diz um comentário. “Hoje E.L. James descobriu a valiosa lição de que ‘um monte de gente comprou meu livro’, não é a mesma coisa que ‘todos gostam de mim'”, comentou no microblog o jornalista do The Guardian Dean Burnett.