Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Os altos e baixos de Kristen Stewart, de ‘Crepúsculo’ ao Oscar

Atriz chegou a ser cancelada por polêmica hollywoodiana e hoje colhe os frutos de um bem pensado recálculo de rota

Por Gabriela Caputo Atualizado em 10 fev 2022, 16h24 - Publicado em 10 fev 2022, 10h45

Quando ficou mundialmente famosa ao interpretar Bella Swan na saga vampiresca Crepúsculo —sofrível jornada de cinco filmes, entre 2008 e 2012 —, Kristen Stewart foi consagrada, por assim dizer, como uma atriz inexpressiva. De fato, seu olhar blasé destoa da simpatia, natural ou forçada, de outras estrelas hollywoodianas. Curiosamente, a feição de poucos amigos e a capacidade de atuar como se não pertencesse ao ambiente se encaixaram com perfeição em Spencer, filme no qual Kristen interpreta princesa Diana em uma fase muito específica, que a levaria a romper com a família real. Assim, da vergonha alheia que foi Crepúsculo, a americana de 31 anos alcançou o cobiçado lugar de prestígio ao ser indicada ao Oscar 2022 como melhor atriz. De uma ponta a outra, Kristen enfrentou uma montanha-russa de altos e baixos na carreira.

Mesmo criticada por especialistas, aos 18 anos, Kristen era adorada por um séquito de adolescentes do casal sobrenatural Bella e Edward Cullen (Robert Pattinson). A relação com Pattinson passou da ficção para a vida real. Mas, perto do fim da saga, a atriz acabou “cancelada” pelos próprios fãs: ela foi fotografada traindo o ator com Rupert Sanders, diretor de Branca de Neve e o Caçador — aliás, outro exemplar vergonhoso da filmografia da atriz. Sanders, aliás, era casado. O caso não pegou bem e ambos foram demitidos dos futuros filmes da franquia. A repercussão foi tão exagerada que até mesmo o futuro ex-presidente americano Donald Trump publicou uma série de tuítes crucificando a atriz pela infidelidade a Robert Pattinson. 

O cancelamento se mostrou uma benção. Kristen, que havia feito uma bem-sucedida passagem pelo cinema independente no começo da carreira, ganhando destaque em Na Natureza Selvagem (2007), voltou ao reduto e ainda apostou em produções europeias. Em 2014, ao lado de Juliette Binoche, ela estrelou Acima das Nuvens, filme que lhe garantiu um César, o Oscar francês, e fez dela a primeira americana a conquistar um troféu de melhor atriz coadjuvante na pomposa premiação. 

De lá até chegar em Spencer, Kristen acertou e errou na escolha de diversos filmes — mas sem deixar de ousar. Chamou a atenção no drama Para Sempre Alice; passou novamente pelo cinema francês com Personal Shopper, que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes; trabalhou com Woody Allen em Café Society; e  encarou uma superprodução hollywoodiana com As Panteras. Ao assumir a homossexualidade e estrelar o romance natalino gay Alguém Avisa?, em 2020, Kristen perdeu a fama de “sem sal” e assumiu a de garota descolada — se tornou também uma das mais ousadas embaixadoras da grife francesa Chanel, desfilando looks da chiquérrima marca de formas bem distintas. 

Agora, com a indicação ao Oscar por Spencer, ela completa sua jornada sorrateira e chega ao que, para a ainda tradicional indústria cinematográfica, é o ápice. Em um ano em que se esperava que Lady Gaga fosse recompensada por sua árdua — e até mesmo cômica — preparação para o papel de Patrizia Reggiani em Casa Gucci, foi Kristen Stewart com sua discreta Lady Di que provou que, às vezes, uma única expressão facial pode te levar longe.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.