O Brasil será a nova sede do Cirque du Soleil para toda a América do Sul. Já no próximo ano, os espetáculos no continente serão gerenciados partir do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito nesta terça-feira, com a confirmação da parceria da companhia de entretenimento com a empresa de Eike Batista, como informou a coluna Radar. O novo negócio marca também a criação da IMX Arts, que integra a IMX, joint-venture do Grupo EBX com a IMG Worldwide.
“O Cirque du Soleil está se mudando. E com ele vamos trazer o que há de melhor nas artes cênicas para toda a América do Sul”, destacou Alan Adler, CEO da IMX. “Tudo partiu da nossa vontade infinita de trazer eventos únicos para o Rio de Janeiro. A ideia inicial surgiu há três anos, quando tentamos montar um circo permanente no Pier Mauá. Não deu. Talvez porque não tínhamos as pessoas certas”, contou Eike Batista, CEO e chairman do Grupo EBX. “Nove meses atrás, essa ideia voltou e conseguimos fechar a parceria. É um sonho”, completou.
Nas únicas palavras que arriscou em português, o presidente e CEO do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre foi enfático: “O Cirque acredita no Brasil”. Sem dar maiores detalhes sobre o projeto, que está em fase inicial, ele disse que o objetivo é construir uma nova e forte companhia. “Não estamos falando só de turnês, mas também do desenvolvimento de projetos específicos para toda a América do Sul, trabalhando nossa marca de forma agressiva. Afinal, quando se trabalha com Eike é bom estar pronto para ser ambicioso.”
Contrato – O primeiro evento criado por meio da parceria deve ser anunciado no próximo ano. Até lá, o Cirque ainda tem contrato com a Time For Fun, a quem está garantida a produção de um último espetáculo. Mas outros shows podem ser promovidos em paralelo, ressalva Lamarre, que define a relação do Cirque com o Brasil como “um caso de amor” e diz que todos se sentem em casa quando fazem shows no país. “A sensação é de que estamos nos tornando cidadãos brasileiros. Espero que o Cirque se apresente aqui para sempre.”