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Nu de Modigliani é vendido por US$ 157 milhões em leilão em NY

Valor, embora não tenha estabelecido um novo recorde para o artista, foi o quarto maior já pago por uma obra de arte em leilão

Por agências Reuters, EFE e France-Presse
Atualizado em 15 Maio 2018, 10h17 - Publicado em 15 Maio 2018, 10h10

Um retrato de um nu feito por Amedeo ModiglianiNu Couché (sur le Côté Gauche) ou “Nu deitado”, em tradução livre, foi vendido pela casa de leilões Sotheby’s por 157,2 milhões de dólares (quase 600 milhões de reais, pelo câmbio do dia) na noite de segunda-feira, o quarto maior valor pago por uma obra de arte em leilão, mas sem estabelecer um novo recorde para o artista.

A pintura a óleo era considerada a principal obra da primeira jornada de uma nova temporada de leilões de arte da Sotheby’s e da Christie’s, que se prolongará até quinta-feira. Modigliani reinventou o nu para a era moderna. Quando sua série de pinturas foi exibida pela primeira vez, em 1917, foi considerada tão chocante que a polícia fechou a exposição, em Paris. O italiano concluiu 22 nus recostados e 13 sentados entre 1916 e 1919, e a maioria está em museus, como o de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, mas o quadro vendido na segunda-feira é o único que mostra todo o corpo da modelo, da cabeça aos pés.

O valor estimado para o quadro era inicialmente de 150 milhões de dólares, o mais alto da história dos leilões. Embora o preço de saída tenha sido de 125 milhões de dólares, quase não houve ofertas para comprá-lo, em um leilão que durou menos de três minutos.

O recorde para uma obra de arte vendida em um leilão continua sendo de Salvator Mundi, de Leonardo Da Vinci, vendido por 450 milhões de dólares pela casa Christie’s em 15 de novembro de 2017.

Agora, Modigliani é superado apenas por Da Vinci, Pablo Picasso e por ele mesmo, já que a venda desta segunda-feira não superou os 170,4 milhões de dólares pagos por outro nu do artista italiano, em um leilão da Casa Christie’s em 2015.

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A Sotheby’s logo observou, no decorrer do evento, que Nu Couché atingiu o maior preço de qualquer obra nos 274 anos de sua história. Um sinal da disparada dos preços na alta esfera do mercado de arte foi a mesma pintura ter sido vendida em 2003 por 27 milhões de dólares. Mas poucos colecionadores disputaram a tela, que ficou atrás do recorde de 170,4 milhões de 2015.

Representantes se viram obrigados a caracterizar a venda como “padrão”, uma admissão tácita de que não se testemunhou o esbanjamento visto em leilões recentes tanto na Sotheby’s quanto na Christie’s.

“Não foi um salão exuberante”, diz Simon Shaw, co-diretor de arte impressionista e moderna, mas acrescentando que “foi uma venda ordenada, eficiente, que atingiu um total dentro de sua faixa estimada”.

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De fato, o leilão arrecadou 318,3 milhões de dólares, superando a estimativa pré-venda de 307,4 milhões. Dos 45 lotes em oferta, 71% encontraram compradores.

Entre os outros destaques, estão Le Repos, de Pablo Picasso, que atingiu 36,9 milhões de dólares e superou a estimativa de 35 milhões, e Matinée sur la Seine, de Claude Monet, que rendeu 20,55 milhões de dólares, mais perto do valor mais baixo da estimativa de 18 a 25 milhões de dólares.

Lake George with White Birch, de Georgia O’Keefe, foi vendido por 11,3 milhões de dólares, quase o dobro do preço estimado, mas outro Picasso, Femme au Chien, avaliado entre 12 e 18 milhões, não foi vendido, já que os lances não excederam os 11 milhões de dólares.

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