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Nora Roberts processa escritora brasileira por plágio

Autora carioca já havia sido acusada de plágio por cinco escritoras em fevereiro

Por Redação
24 abr 2019, 16h58

A escritora americana Nora Roberts entrou com uma ação judicial nesta quarta-feira, 24, acusando de plágio Cristiane Serruya, escritora brasileira cujos títulos incluem catorze obras, a maioria em língua inglesa. Segundo o jornal The New York Times, a acusação afirma que seis dos romances de Serruya – Royal Love, Royal Affair, Unbroken Love, Hot Winter, Forever More e From the Baroness’s Diary – incluem passagens copiadas de três títulos da americana (Concerto Inacabado, A Pousada do Fim do Rio e Whiskey Beach) além de trechos muito semelhantes de seus livros. 

A acusação afirma que os livros da brasileira são “literalmente uma colcha de retalhos, juntando frases que retratam emoções praticamente idênticas àquelas expressadas nos livros da requerente” e classifica o plágio em um nível “raro e escandaloso”. Como indenização, Roberts pede um valor correspondente a 3.000 exemplares, considerando o maior valor cobrado por cada um deles. O dinheiro será doado a uma instituição brasileira especializada em alfabetização.

Em entrevista à Associated Press, Nora Roberts afirmou que não hesita em casos como esse. “Se você copiar meu trabalho, você pagará por isso e eu farei o meu melhor para que você nunca mais escreva novamente”, disse. Ela também afirmou que Cristiane Serruya chegou a entrar em contato com sua assessora de imprensa, Lauren Reeth, em fevereiro. A brasileira afirmou que “jamais plagiaria alguém intencionalmente” e culpou um ghost writer pelo ocorrido. “Cometi um erro”, escreveu Serruya em um e-mail, segundo Roberts. “Eu fui enganada por alguns ‘mentores’ que me disseram ‘mais, mais, mais, rápido, rápido, rápido’.” Apesar da insistência para que a carioca retirasse as obras acusadas de plágio de venda, Roberts não obteve resposta e, por isso, optou por mover uma ação legal.

Segunda vez

Esta não é a primeira vez que Cristiane é acusada de plágio. Em fevereiro deste ano, as escritoras Courtney Milan, Tessa Dare, Sarah MacLean, Lynne Graham e Loretta Chase vieram a público comentar um caso semelhante. “Após investigar, concluí que Cristiane Serruya copiou, palavra por palavra, várias passagens do meu livro The Duchess War“, escreveu Courtney Milan em seu blog na época. “Eu não listei todas as semelhanças porque, sinceramente, é um soco no estômago ler o que outra pessoa fez para arruinar uma história que escrevi com todo meu coração.”

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Tessa Dare usou o Twitter para expor sua indignação. “Li literalmente 9% do livro Royal Love, da Cris Serruya, e encontrei textos plagiados de pelo menos cinco autores”, comentou. “Como eu poderia ter plagiado cinco autores? Eu amo seus livros, Tessa Dare, e sou advogada. Jamais faria tal coisa”, respondeu a brasileira.

(Reprodução/Twitter)

A acusada

Em sua página no Facebook, Cristiane Serruya afirma que trabalhou como advogada, em casos de abuso sexual e violência contra crianças e mulheres, antes de se dedicar à literatura. “Depois de 22 anos praticando advocacia, eu decidi dar uma chance à escrita. E – surpreendentemente – era a peça que faltava na minha vida. Isso se tornou o meu vício. Agora que estou presa, não consigo me libertar. Na verdade, não quero me libertar”, diz.

A autora ainda afirma que optou por escrever em inglês pelo seu hábito de ler na mesma língua. “Eu me sinto mais confortável ao expressar minhas emoções mais fortes em outras línguas fora o português. Talvez tenha sido porque aprendi inglês aos 4 anos.” Para criar seus personagens, a carioca diz que utiliza a vida real como inspiração. “A personalidade dos personagens é uma mistura de pessoas reais. Existe um pouco de mim neles também, é claro, e eu consigo compreender todos.”

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