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Nelson Freire, icônico pianista brasileiro, morre aos 77 anos

O músico recebeu diversos prêmios ao redor do mundo e foi chamado pela revista 'Time' de 'um dos maiores pianistas desta ou de qualquer geração'

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 nov 2021, 16h19 - Publicado em 1 nov 2021, 10h11

Nelson Freire, um dos maiores pianistas do Brasil, morreu na madrugada desta segunda-feira, 1º, aos 77 anos. A causa da morte teria sido uma concussão cerebral após sofrer uma queda em sua casa, no Joá, no Rio de Janeiro. Freire foi o único pianista brasileiro incluído na histórica coletânea Great Pianists of the 20th Century, com 200 CDs lançados pela Phillips. Sensibilidade, técnica e talento, aliados a um estilo contido de tocar, davam a Nelson Freire uma aura sublime, frequentemente refletida em sua música e nas premiadas interpretações que fez de Chopin e Beethoven.

Nascido em 1944, em Boa Esperança, Minas Gerais, Freire já demonstrava talento para o piano precocemente. Aos três anos de idade impressionava a família com sua destreza. Ainda na infância, a família se mudou para o Rio de Janeiro, onde ele foi orientado por pianistas como Nise Obino e Lúcia Branco. Aos 12 anos, ele venceu o Concurso Internacional do Rio de Janeiro. A partir daí, o músico foi acumulando elogios ao redor do mundo. Aos 19, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna de Motta, em Lisboa e aos 24 estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York. Após a apresentação, foi chamado pela revista Time de “um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração”.

Freire se notabilizou por se apresentar com as melhores orquestras do mundo e se tornou um dos principais intérpretes da obra de Beethoven e Chopin. Freire acreditava que a música só acontecia ao vivo, diante do público, mas em sua carreira gravou álbuns com as obras de Betthoven, Chopin, Schumann, Debussy e Liszt, alémd e dois concertos de Brahms e também as obras de Heitor Villa-Lobos.

Em 2003, Nelson Freire foi tema de um documentário dirigido por João Moreira Salles (disponível na Globoplay), em que mostrava a história do música e a sua música. O filme registrava a rotina de freire na França, Bélgica, Rússia e Brasil. Na época, Salles escreveu em um artigo que a música do pianista era elegante como seus gestos. “Todos eles precisos, sem derrames desnecessários, sem nenhuma retórica.”

Em 2019, no Rio de Janeiro, durante uma caminhada, ele sofreu uma queda após tropeçar nas pedras portuguesas do calçadão da Barra da Tijuca e passou por uma cirurgia no ombro em que foi feita uma substituição da articulação odo ombro. O retorno aos palcos estava previsto para o ano passado, mas foi adiado em decorrência da pandemia.

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