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Na Rock Street, metaleiros mostram faceta mais família

Por Rafael Lemos, da Cidade do Rock
25 set 2011, 19h33

Beijos carinhosos na esposa, passeios com os filhos e compra de suvenires fazem parte da rotina dos fãs de camiseta preta

Feios, gordos, sujos e fedorentos. O estereótipo do metaleiro atravessa as décadas praticamente inalterado, e sobrevive no uniforme preto, nos cabelos compridos e no visual desleixado. A única mudança significativa se dá na faixa etária desse público, hoje muito mais abrangente. Novas gerações de adolescentes unem-se aos cinquentões que cresceram ouvindo os ainda cultuados Black Sabbath e Deep Purple.

Mas, por trás da camiseta preta, bate um coração — meigo — como outro qualquer, que se permite momentos singelos, como um programa em família no domingo. Nesta tarde, pais e filhos, casais de namorados ou, simplesmente, grupos de amigos aproveitaram para passear pela Rock Street da Cidade do Rock, comprar suvenires do festival e andar na roda gigante.

Casados há cinco anos, os projetistas Miguel Eduardo Fernandes e Gizele Leon Agüero, ambos de 32 anos, saíram de Curitiba (PR) para assistir aos shows do Metallica, Slipknot, Mötorhead e Matanza, no Rock in Rio. Eles passaram quatro horas na fila e entraram na Cidade do Rock às 14h30, quando correram para dar uma volta na roda gigante. Em seguida, assistiram juntos ao show do Matanza no Palco Sunset e rumaram para comer algo na Rock Street.

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O casal, que evita o rótulo de metaleiro, reconhece que o preconceito com os headbangers ainda existe, apesar de ter perdido a força. “Quando eu era adolescente, em Porto Alegre, as pessoas olhavam feio para quem andava com camisa de banda. Acho que quem tem preconceito não tem que vir para cá, mesmo. Está um clima muito legal aqui. Na fila, encontrei pais com filhos, incluindo meninas. Está bem família”, disse Fernandes, enquanto almoçava com a mulher numa das mesas da Rock Street.

Um pouco mais adiante, outro casal aproveitava para trocar beijos em meio ao tumulto de pessoas circulando para lá e para cá no cantinho mais charmoso da Cidade do Rock. Guitarrista nas horas vagas, o estudante de direito Luan Gomes, 20 anos, também foge do termo “metaleiro”. “Não sou metaleiro. Gosto de rock, blues e também de metal”, argumenta o jovem para, em seguida, ser contrariado pela namorada. “Ele é metaleiro. Eu é que vim mais para acompanhá-lo”, disse Mariana Ribeiro, 20 anos, estudante de engenharia química.

Compras – Uma das manias mais difundidas entre os metaleiros é colecionar camisetas de bandas. Melhor ainda se vierem com a data do show nas costas para servirem como uma espécie de prova no futuro: “Eu estive lá”. Por isso, os roqueiros lotaram as duas lojas de produtos oficiais do festival. Além de suvenires do Rock in Rio, era possível comprar camisetas das bandas da noite, como Metallica e Slipknot, e até chaveiros.

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