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Mostra Internacional de SP começa com Gael García Bernal em narrativa eletrizante sobre a queda de Pinochet

Longa será exibido para convidados hoje. Amanhã, quando o evento abre para o público, site de VEJA divulga uma seleta da programação. Fique ligado

Por Mariane Morisawa
18 out 2012, 08h52
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  • Em 1988, um plebiscito nacional disse “não” à ampliação do governo do general Augusto Pinochet por mais oito anos – ele havia assumido o poder à força em 1973, quando instalou uma ditadura militar no Chile, e acabou saindo em 1990, quatro anos antes da pretensão oficialmente anunciada. Em No, longa que abre a 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na noite desta quinta-feira, em sessão para convidados no Auditório Ibirapuera, o chileno Pablo Larraín conta essa história de maneira eletrizante.

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    Gael García Bernal interpreta René Saavedra, uma síntese fictícia dos publicitários que bolaram a campanha vencedora do plebiscito. Ele não é politicamente engajado e tem um chefe próximo dos militares (o brilhante Alfredo Castro). Mas, com cabeça de marqueteiro, cria uma ideia genial para a época: vender a esperança e a felicidade, em vez de martelar os terrores de Pinochet, cujo regime deixou um saldo de estimados 3 mil mortos, mil deles desaparecidos, e milhares de presos, torturados e exilados. “A alegria já vem”, dizia o slogan.

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    O filme tem no carisma de Gael García Bernal um trunfo e tanto. Mas não se limita ao brilho do mexicano. Larraín faz uma bem-sucedida mistura de drama e comédia com toques de suspense, que consegue manter mesmo quando o espectador sabe o que vem pela frente. Quem não tem informação sobre Augusto Pinochet pode ficar tranquilo, porque o longa-metragem é construído de uma maneira que facilita entender o contexto em que se passa.

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    Num toque a mais, o cineasta ainda escolheu usar as mesmas câmeras de vídeo U-matic empregadas no registro da campanha de 1988. O recurso permite ao público se transportar diretamente para o Chile daquele ano.

    Nascido em 1976, Larraín é filho de políticos conservadores, que acreditavam no general Pinochet, e cresceu protegido do medo e do terror instalados em seu país. Talvez por isso mesmo, ele tenha escolhido explorar as coisas que não viveu numa trilogia sobre a ditadura, iniciada com Tony Manero (2008), sobre um homem brutal, obcecado pelo personagem de John Travolta em Os Embalos de Sábado à Noite, e continuada por Post Mortem (2010), sobre a autópsia do presidente Salvador Allende – ambos também serão exibidos nesta edição mostra.

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    No, que fez sucesso este ano no Festival de Cannes, de onde saiu com o prêmio principal da seção paralela “Quinzena dos Realizadores”, é o candidato chileno a uma vaga entre os indicados ao Oscar de filme estrangeiro. E um rival de peso para O Palhaço, o escolhido pelo Brasil para tentar um lugar na disputa.

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    O mexicano Gael García Bernal em cena do filme chileno 'No', sobre a queda de Pinochet
    O mexicano Gael García Bernal em cena do filme chileno ‘No’, sobre a queda de Pinochet (VEJA)

    SERVIÇO

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    No, de Pablo Larraín

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    Quando e onde

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    Sexta (19), às 22h30, no Reserva Cultural 1

    Sábado (20), às 17h20, no Cine Livraria Cultura 1

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    Domingo (21), às 21h, no Cinemark – Shopping Cidade Jardim 6

    Terça (30), às 14h, no Cine Livraria Cultura 1

    Quarta (31), às 19h50, no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 5 *

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    * programação sujeita a alterações

    Quanto

    Segundas, terças, quartas e quintas: 15 reais (inteira) / 7,50 reais (meia)

    Sextas, sábados e domingos: 19 reais (inteira) / 9,50 reais (meia)

    * Para adquirir ingressos no dia da sessão, somente nas salas de cinema

    * A Central da Mostra não vende ingressos avulsos, apenas os pacotes

    * Pela internet: no site Ingresso.com, o ingresso poderá ser adquirido com antecedência de quatro dias a um dia, da sessão

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