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Morre aos 92 anos o indiano Ravi Shankar, mestre da cítara

Músico ficou conhecido ao colaborar com os Beatles e virou guru de George Harrison. Ele era pai de Norah Jones e da compositora Anoushka Shankar

Por Da Redação
12 dez 2012, 03h58

O músico indiano Ravi Shankar, que ficou conhecido em todo o mundo na deácada de 1960 ao colaborar com astros pop como os Beatles, morreu nesta terça-feira em um hospital próximo a sua casa em San Diego, no sul da Califórnia (EUA). Ele tinha 92 anos de idade e desde o ano ano passado sofria de problemas respiratórios e cardíacos, condição que o levou a ser submetido na última quinta-feira a uma cirurgia para substituir uma válvula cardíaca.

“Embora a operação tenha sido bem-sucedida, a recuperação acabou sendo difícil demais para o músico de 92 anos”, afirmou sua gravadora em nota divulgada à imprensa. Shankar era casado com Sukanya Rajan e tinha duas filhas de casamentos diferentes – a cantora Norah Jones e a citarista e compositora Anoushka Shankar Wright. Além disso, ele deixa três netos e quatro bisnetos.

“Infelizmente, apesar dos esforços dos cirurgiões e dos médicos que cuidaram dele, seu corpo não foi capaz de suportar o esforço da operação. Estivemos ao seu lado quando morreu”, declararam a mulher e a filha Anoushka. A família ainda não anunciou os planos para o velório e solicitou que todas as flores e doações sejam destinadas à Fundação Ravi Shankar.

Apesar das doenças que enfrentava, Ravi Shankar continuou apresentando-se nos últimos meses e realizou seu último show no dia 4 de novembro em Long Beach, no condado de Los Angeles, ao lado de Anoushka Shankar. Seu álbum The Living Room Sessions Part 1 foi indicado à próxima edição do Grammy na semana passada, e o músico soube da notícia antes de sua operação.

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Trajetória – Ravi Shankar nasceu em Varanasi, no estado indiano de Utar Pradesh, em 7 de abril de 1920. Seu pai, V. Lakshinarayana, era professor de violino em seu país, o que contribuiu para que Shankar começasse a tocar esse instrumento quando tinha 5 anos.

Uma década depois, deixou a Índia para viajar a Paris com a companhia de dança do seu irmão Uday. Em 1936, começou a estudar a cítara, instrumento tradicional indiano, sob a direção de Ustad Allauddin Khan, e pouco depois começou a fazer excursões por Europa e EUA.

Alcançou a fama no Ocidente graças a sua amizade com o guitarrista George Harrison, dos Beatles, de quem foi guru após conhecê-lo em 1966. No ano seguinte, realizou seu primeiro dueto com o violinista Yehudi Menuhin, com o qual posteriormente colaborou em várias ocasiões.

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Em 1969, viajou aos EUA com a intenção de aprofundar-se na música do Ocidente e, ao mesmo tempo, popularizar a música hindu. Dois anos mais tarde, a pedido da London Symphony, compôs um concerto que estreou no Royal Festival Hall, na capital inglesa. Em 1976, começou a colaborar com o guitarrista John McLaughlin, com quem fundou o grupo Shakti, trabalhou na One Truth Band e gravou o álbum ‘Touch me there’, sob a direção de Frank Zappa.

Concertos – A atividade musical de Ravi Shankar foi intensa, tendo destaque também como compositor. É autor de dois concertos para cítara e orquestra, além de músicas para balés e trilhas sonoras para filmes. O músico indiano protagonizou o filme Raga, centrado em sua vida, e em 1978 publicou o livro autobiográfico My life, my music.

Seu primeiro casamento, com a filha do músico Ustad Allauddin Khan, Annapurna, terminou em 1982, após anos de separação nos quais manteve relações com Kamala Chakravarty e Sue Jones, mãe de Norah Jones. Por fim, Shankar se casou em 1989 com Sukanya Rajan, com quem viveu desde então entre San Diego e Nova Délhi. O indiano também teve um filho, Shubho, que seguiu a carreira citarista até morrer repentinamente aos 50 anos, em 1992.

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(Com agência EFE)

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