O escritor britânico Tom Sharpe, um dos grandes professores da narrativa de humor, morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 85 anos, no nordeste da Espanha, onde vivia há 24 anos. Ele sofria de diabetes e não resistiu à evolução da doença, segundo a editora espanhola Anagrama, que detém seus direitos autorais.
Mestre da farsa e criador do famoso anti-herói Henry Wilt, um professor de literatura idealista e frustrado, Sharpe se tornou um sucesso comercial por seu corrosivo humor negro, que imprimiu na longa sequência do personagem: Wilt (1976), The Wilt Alternative (1979), Wilt On High (1985), entre outros títulos. Ele foi chamado pelo jornal The Times como “o romancista mais divertido de nossos dias”.
A porta-voz da Anagrama informou que o corpo de Sharpe será cremado e suas cinzas serão espalhadas em Llafranc, balneário espanhol onde morava, e em outras duas localidades britânicas, uma delas Cambridge, onde estudou história em sua famosa universidade.
Carreira – Nascido na Inglaterra em 1928, ele emigrou para a África do Sul em 1951, país onde se dedicou ao ensino e que inspirou alguns de seus livros, como Riotous Assembly (1971), sua primeira obra, publicada quando tinha 43 anos.
Depois de retornar para a Grã-Bretanha, entre 1963 e 1972, trabalhou como professor de História na Faculdade de Artes e Tecnologia de Cambridge, cidade onde, segundo a editora Random House, ainda passava parte do tempo.
(Com agências EFE e France-Presse)