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Morre aos 106 anos o diretor de cinema Manoel de Oliveira

Com cerca de 60 filmes em seu currículo, cineasta português é considerado o diretor mais longevo do mundo

Por Da Redação
2 abr 2015, 10h40

O diretor de cinema português Manoel de Oliveira morreu nesta quinta-feira aos 106 anos, informaram as agências de notícia EFE e France Presse. O cineasta é considerado o diretor mais longevo do mundo e durante sua carreira produziu cerca de 60 filmes. Seus dois últimos trabalhos foram Chafariz das Virtudes e O Velho do Restelo, ambos de 2014.

Manoel de Oliveira nasceu no Porto, em 11 de dezembro de 1908, e estreou como diretor aos 23 anos com o documentário Douro, Faina Fluvial, de 1931, ainda na época do cinema mudo. Antes havia tentado a carreira como ator, em Fátima Milagrosa, de 1928, e, ao longo da vida, também trabalhou como produtor, roteirista e editor.

Desde seu primeiro filme, Oliveira dirigiu mais de 60 produções, entre longas e curtas-metragem de ficção e documentários. Atores como a francesa Catherine Deneuve, o americano John Malkovich e o italiano Marcello Mastroianni participaram de alguns de seus filmes durante as décadas de 1980 e 1990, contribuindo para o reconhecimento internacional de sua obra. Entre seus trabalhos que merecem destaque estão Os Canibais (1988), A Divina Comédia (1991), O Convento (1995), A Carta (1999), Palavra e Utopia (2000) e Espelho Mágico (2005). Prolífico, desde a década de 1980 produziu pelo menos um filme por ano.

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Considerado um dos diretores autorais mais universais da Europa, Oliveira tratou de temáticas filosóficas, bíblicas e cotidianas. Versátil, ele passou com louvor pelo drama, mistério, comédia e fantasia. A história da humanidade e a tristeza dos amores frustrados eram dois de seus assuntos favoritos. “A vida é uma derrota. A gente vive na derrota. Nasce contra vontade, e não é senhor do seu destino”, disse em uma de suas últimas entrevistas, publicada pelo jornal português Expresso, em 2013. Apesar do discurso pessimista, o cineasta se mostrava feliz pela longevidade. “Recomendo a todos os meus amigos que vivam até aos 100 anos”, disse à mesma publicação, meses antes de completar o centenário.

Entre os prêmios que recebeu durante a carreira estão um Leão de Ouro do Festival de Veneza, em 2004, e a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 2008, ambos por sua longa trajetória no cinema. Também foi homenageado no Festival de Berlim, em 1981, pelo conjunto de sua obra. Manoel de Oliveira tinha superado nos últimos anos alguns problemas de saúde, entre eles uma internação hospitalar em 2012 por insuficiência cardíaca, e outros episódios, em 2013, por dificuldades respiratórias.

(Da redação com agência EFE)

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