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‘Moonrise Kingdom’, a perda da inocência segundo Wes Anderson

Feito bem ao estilo exagerado e seco do diretor americano, filme é um dos melhores do ano e deve entrar na corrida pelo Oscar 2013

Por Carol Nogueira
12 out 2012, 18h17

Wes Anderson é um diretor completamente fora do comum. Já na primeira cena de qualquer um de seus trabalhos, sabe-se que não se trata de um filme normal. A estética exagerada, caricata, as cenas cheias de cores e o humor negro, seco, quase sempre beirando o constrangedor, são características que conferem muita personalidade ao cineasta. Essas peculiaridades se tornaram sua marca, e fazem de filmes como Moonrise Kingdom, que abriu o Festival de Cannes neste ano e que estreia nesta sexta-feira no Brasil, programas imperdíveis.

Ambientado em 1965 na costa americana, o novo filme de Wes Anderson descreve a aventura de um jovem escoteiro, Sam Shakusky (Jared Gilman), que abandona o acampamento para fugir com uma adolescente rebelde, Suzy Bishop (Kara Hayward). Juntos, os garotos refazem uma antiga rota de exploração em uma ilhota do estado americano da Nova Inglaterra e, no meio tempo, vivem o primeiro amor – uma metáfora de Anderson para a perda da inocência.

Embora os jovens protagonistas sejam desconhecidos, o elenco coadjuvante conta com estrelas, ainda que nenhum medalhão. O (quase sempre) brilhante Bill Murray (Encontros e Desencontros) interpreta o pai da garota, o advogado Walt Bishop, em uma atuação que, infelizmente, não entra para a lista das suas melhores. Há ainda Edward Norton (Clube da Luta) como o escoteiro-chefe Randy Ward, e Tilda Swinton (Precisamos Falar sobre o Kevin) no papel de uma assistente do serviço social.

Bill Murray, Tilda Swinton, Bruce Willis e Edward Norton em 'Moonrise Kingdom'
Bill Murray, Tilda Swinton, Bruce Willis e Edward Norton em ‘Moonrise Kingdom’ (VEJA)
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Mas é Bruce Willis, quem diria, a surpresa do longa. O ator, conhecido por sua atuação em filmes de ação, ganha certo relevo no papel de um policial solitário e melancólico que ajuda os pais da menina na busca – e acaba tendo uma importância maior para o desfecho da história.

Ainda que fique aquém dos melhores trabalhos de Anderson, como Três É Demais (1998) e O Fantástico Sr. Raposo (2009), é bom ver o diretor se consolidando entre os grandes nomes do cinema americano atual – e sem perder o estilo. E entregando ao público um dos melhores filmes do ano, desde já na corrida pelo Oscar.

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