Apresentadora da edição deste ano do VMA (Video Music Awards) da MTV americana, que ocorreu na noite deste domingo, Miley Cyrus se comportou de forma até discreta durante a festa, em que contou com o olhar dos pais na plateia. Nos minutos finais, porém, a cantora “pagou peitinho”, como se diz quando alguém deixa o seio à mostra sem querer — o que, convenhamos, dificilmente foi o caso da super-exposta Miley — e anunciou aquele que pode ser um dos lançamentos do ano no mundo pop: o do disco Miley Cyrus and Her Dead Petz, disponibilizado gratuitamente na internet.
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Com 23 faixas, o CD conta com a participação do rapper Big Sean e da banda Flaming Lips, cujo vocalista, Wayne Coyne, escreveu e produziu boa parte das músicas do álbum. O anúncio do disco veio logo após a aparição dos seios de Miley nos bastidores da premiação, sem nenhum adesivo nos mamilos. “Ups, eles estão de fora”, disse Miley ao deixá-los escapar por trás das cortinas do palco.
Por cenas como essa, a Parents Television Council (Conselho de Pais pela Televisão dos EUA), que havia alertado sobre a escolha de Miley como apresentadora, voltou a criticar a presença da cantora no VMA. Por meio de um comunicado, a PTC criticou a MTV pelo flagrante dos seios da cantora e pelos comentários dela em relação à maconha. Miley quis saber o que Kanye West fumou depois do discurso em que ele pediu desculpas — nas entrelinhas — a Taylor Swift e anunciou que será candidato à presidência em 2020.
“A MTV teve a oportunidade de usar o VMA para transmitir à sua jovem audiência algo positivo e inspirador. Em vez disso, escolheu perpetuar os flagrantes sexuais – muitos feitos pelos próprios artistas – e celebrar o uso de drogas ilegais”, escreveu Tim Winter, presidente da PTC. Dois anos atrás, Miley se apresentou no VMA com roupa cor de pele, quando fez uma dança sexualmente sugestiva com o cantor Robin Thicke, que também estava no palco.
Nos Estados Unidos, a MTV considerou o programa como “apropriado para catorze anos” e Winter criticou a decisão: “Muitos dos pais de adolescente dessa idade considerariam tal classificação como ‘absurda’. No final, o canal conseguiu fazer o que queria: alimentar controvérsia sem se preocupar com os impactos em um ambiente cada vez mais tóxico para as crianças”.