Memphis dá o último adeus ao rei do blues B.B. King

A cidade de Memphis, epicentro do rockabilly e do blues, prestou nesta quarta-feira a última homenagem ao lendário guitarrista B.B. King, morto há duas semanas, aos 89 anos. Centenas de pessoas vestidas de azul, a cor do blues, enfrentaram a chuva e marcharam em cortejo pelo coração da cidade onde o jovem músico começou a carreira. Após as homenagens no Tennessee, os restos mortais de B.B. King serão enviados para o estado vizinho do Mississippi, onde o músico nasceu e onde será sepultado, no próximo sábado.

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“King está de volta para casa, nesta cidade onde era tão difícil começar como músico negro”, afirmou seu amigo de longa data, Cerver Randle, à agência France-Presse. Um show tributo em um dos parques da cidade foi organizado, na primeira etapa das homenagens de Memphis àquele que era chamado de “rei do blues”. “A música de B.B. King é como um remédio para o espírito”, disse Alexander Hamilton Warner, que participou da homenagem a alguns metros da mítica rua Beale, a via onde o jovem Riley King fez suas primeiras apresentações no final dos anos 1940 e que lhe rendeu o primeiro apelido, “Beale Street Blues Boy” (garoto do blues da rua Beale), que com o passar dos anos viraria simplesmente “B.B.”.

A homenagem chegou a ser ameaçada por uma necropsia inesperada feita no corpo do músico, depois que duas de suas filhas acusaram a empresária e o assistente pessoal de envenenar seu pai. Mas a procissão em Memphis parecia indiferente a esta polêmica. “É como com Elvis e Michael Jackson. Sempre há controvérsias quando morre uma lenda. É preciso esperar e respeitar o luto”, opinou Alvin Long, um dos presentes no evento.

(Com agência France-Presse)