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Memória: as despedidas na música em 2021

O som, o silêncio e a elegância

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2021, 08h29 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00
Charlie Watts
Charlie Watts – (./Getty Images)

Charlie Watts
Baterista
Que não reste sombra de dúvida: o baterista dos Rolling Stones mexia nas baquetas, e delas tirava o ritmo compassado de alguns dos mais celebrados clássicos de rock da banda britânica, como quem saia bem-vestido, anônimo, para ouvir jazz. “Sempre cultivei essa ilusão de estar tocando no Blue Note ou no Birdland, junto com Charlie Parker”, disse certa vez. Para seu companheiro Keith Richards, a discrição de Watts — “a cama em que eu me deito musicalmente” — escondia um artista inigualável: “Todo mundo pensa que Mick e Keith são os Rolling Stones, mas, se Charlie não estivesse fazendo o que faz na bateria, isso não seria verdade”. Basta ouvir Paint it Black e Brown Sugar e imaginá-las sem a cadência de Watts. Impossível. Ele morreu em Londres, aos 80 anos, em 24 de agosto.

Nelson Freire
Nelson Freire – (Guito Moreto/Agência O Globo)

Nelson Freire
Pianista
Aos 3 anos de idade, ele já impressionava os professores de música de sua cidade natal, Boa Esperança, em Minas Gerais, que disseram a seus pais nada ter a ensinar ao menino, e o caminho seria levá-lo para estudar piano no Rio de Janeiro. O conselho foi seguido, e o mundo ganhou um de seus mais geniais instrumentistas, ovacionado como poucos depois do silêncio religioso ao ouvi-­lo. Com jeito contido de dedilhar o teclado, sem afetação nenhuma, atavicamente tímido, Nelson — assim o chamavam, sem o sobrenome – foi celebrado por suas execuções precisas de Beethoven, Chopin, Schumann, Debussy, Rachmaninoff e Villa-Lobos. Morreu em 1º de novembro, aos 77 anos, com uma concussão cerebral depois de sofrer uma queda doméstica, no Rio.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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