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Marta rebate acusação de racismo feita por jornal alemão

'Süddeutsche Zeitung' acusou o governo brasileiro pela presença de um único negro e um só índio na delegação. Segundo a ministra da Cultura, 'o critério não foi étnico, mas a qualidade estética e a tradução'

Por Da Redação
3 out 2013, 21h56
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  • A ministra da Cultura, Marta Suplicy, minimizou a crítica feita pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung à presença de apenas um negro (Paulo Lins, de Cidade de Deus) e um indígena (Daniel Munduruku, autor de 43 livros) entre os 70 escritores selecionados para a Feira do Livro de Frankfurt, que acontece na próxima semana e nesta edição homenageia o país. “O Brasil vive um momento de transformação, e nas próximas gerações teremos número maior de negros participando. Hoje, infelizmente, não temos”, disse.

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    Feira de Frankfurt terá edição no país a partir de 2013

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    Em texto publicado em agosto, o jornal sugeriu racismo na escolha dos escritores. A ministra lembrou que a prioridade foi dada a autores já traduzidos, para que o público da feira tenha acesso às obras depois dos debates: “Toda lista tem um recorte que provoca discussão. O critério não foi étnico, mas a qualidade estética e a tradução. A Feira de Frankfurt é comercial”. A coordenadora do Centro Internacional do Livro da Biblioteca Nacional, Moema Salgado, afirma que é um pedido da feira que os escritores convocados tenham livros traduzidos.

    Feira do Livro de Frankfurt: Brasil é convidado de honra em 2013

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    Seis dias antes da abertura do evento, Marta foi ao Rio para dar entrevistas sobre ele. Ressaltou as 442 bolsas oferecidas para estimular editoras estrangeiras a traduzir autores brasileiros – o número contabiliza trabalhos feitos desde 2010, quando o Brasil foi anunciado como homenageado. Marta garante que as dificuldades e atrasos provocados pela troca de gestores em sua pasta, na Biblioteca Nacional e no Itamaraty foram superados, e que todas as contratações foram concluídas. “Tivemos problemas, mas viramos a página.” As últimas licitações, de hospedagem (que sairá por 92.164 reais), contratação de assessoria de comunicação para divulgar o Brasil (81.739 reais) e de empresa para fazer a produção de 26 eventos na cidade (517.710 reais) foram encerradas na semana passada.

    “Se a nossa literatura não circula no Brasil, não é por falta de autores”, disse Nei Lopes, escritor com uma vasta obra com temática africana, à reportagem. “Ela tem sido estudada e publicada na Alemanha, na Inglaterra, nos EUA, etc. Se o MinC acha que literatura boa é a que vende aos milhares, só tenho a lamentar. E dizer que sigo fazendo a minha parte.”

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    (Com Estadão Conteúdo)

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