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Marco Bellocchio discute eutanásia com equilíbrio e elegância em ‘A Bela que Dorme’

Exibido no Festival de Veneza, filme faz parte da programação da 36ª Mostra Internacional de São Paulo

Por Mariane Morisawa
27 out 2012, 19h03
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  • Em 2009, depois de ver Eluana em coma por 17 anos e de uma batalha judicial que se estendeu por vários meses, Beppino Englaro conseguiu dar fim à vida de sua filha. O cineasta italiano Marco Bellocchio acompanhou com interesse o caso e a intensa polêmica causada pelo pedido de Englaro. E resolveu fazer um filme, A Bela que Dorme, exibido no Festival de Veneza e agora participante da 36ª Mostra Internacional de São Paulo.

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    O diretor gosta dos temas políticos, como se viu em Bom Dia, Noite (2003), sobre o caso Aldo Moro, o político sequestrado pelo grupo comunista Brigadas Vermelhas na década de 1970, e Vincere (2009), sobre o fascismo e Benito Mussolini. Mas, apesar de muito firme em suas ideias, Bellocchio é sempre elegante e equilibrado. Em A Bela que Dorme, não é diferente.

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    O filme discute a eutanásia e o prolongamento artificial da vida por meio de várias histórias, sem forçar a barra para que tudo se encaixe ao final. A jovem Maria (Alba Rohrwacher) é contra a eutanásia, mas se apaixona por um rapaz favorável ao desligamento dos aparelhos, Roberto (Michele Riondino). O pai de Maria é o honesto senador Uliano Beffardi (Toni Servillo), pressionado pelo partido e pela filha a votar contra a eutanásia, que ele vê, em certos casos, como uma prova de amor. Uma atriz, chamada por seu filho de Divina Madre (Isabelle Huppert), mantém sua filha adolescente viva artificialmente, vestindo-a como se fosse uma boneca. O Doutor Pallido (Pier Giorgio Bellocchio) tenta impedir Rossa (Maya Sansa) de se matar.

    https://youtube.com/watch?v=Od9bWhuVo2M

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    O cineasta não se exime de delinear sua opinião, embora não tente convencer ninguém sobre nada. Ele apenas provoca questionamentos das convicções mais profundas de cada um dos lados. É tão habilidoso na condução das tramas que também consegue falar do estado de coisas de todo um país por meio desse caso bastante particular. A Itália está louca e doente.

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    Precisa, ela própria, sair do coma em que se encontra. O maior sintoma são os senadores mergulhados nas termas, como hipopótamos, ou o psiquiatra do Senado (Roberto Herlitzka), que sai dando pílulas indiscriminadamente para seus pacientes. É aí que se vê o talento de Marco Bellocchio, que passa do particular para o geral e o universal sem sobressaltos e sem recorrer ao discurso.

    A Bela que Dorme, de Marco Bellocchio*

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    Sexta (26), às 21h50, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta 3

    Sábado (27), às 21h30, no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 4

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    Segunda (29), às 17h50, no Cine Sabesp

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    Terça (30), às 21h30, no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 3

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    * programação sujeita a alterações

    Ingressos individuais

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    Segundas, terças, quartas e quintas: R$ 15 (inteira) / R$ 7,50 (meia)

    Sextas, sábados e domingos: R$ 19 (inteira) / R$ 9,50 (meia)

    * Para adquirir ingressos no dia da sessão, somente nas salas de cinema

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    * A Central da Mostra não vende ingressos avulsos, apenas os pacotes

    Venda pela internet

    No site Ingresso.com, o ingresso poderá ser adquirido com antecedência (de um a quatro dias) da sessão

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