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Louvre expõe obra-prima de Leonardo da Vinci

O quadro “Sant’Anna, la Vergine e il Bambino con l’agnellino”, considerado a última obra-prima de Leonardo da Vinci (1452-1519), foi apresentado nesta sexta-feira à imprensa pelo Museu do Louvre, depois de uma restauração polêmica. Com seus lápis-lazúlis e vibrantes vermelhos, o magnífico óleo sobre madeira que Leonardo deixou inacabado, promete ser o mais procurado de […]

Por Por Ana María Echeverría
23 mar 2012, 16h06
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  • O quadro “Sant’Anna, la Vergine e il Bambino con l’agnellino”, considerado a última obra-prima de Leonardo da Vinci (1452-1519), foi apresentado nesta sexta-feira à imprensa pelo Museu do Louvre, depois de uma restauração polêmica.

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    Com seus lápis-lazúlis e vibrantes vermelhos, o magnífico óleo sobre madeira que Leonardo deixou inacabado, promete ser o mais procurado de uma fascinante exposição sobre a construção da tela e o processo de criação de um gênio da pintura.

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    O quadro que representa a Virgem Maria sentada aos pés de sua mãe, Sant’Anna, e abraçando o menino Jesus, “mudou o curso da história da arte”, declarou Vincent Delieuvin, do Departamento de Pinturas do Louvre, durante a apresentação à imprensa nesta sexta-feira.

    Através de desenhos, estudos, documentos provenientes do museu parisiense, e também de coleções como a da rainha Elizabeth II da Inglaterra, a exposição examina o processo de criação da “Sant’Anna”, que Leonardo começou em Florença, em 1503, e na qual trabalhou até sua morte, num castelo da França.

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    Leonardo, que tinha como credo o “saber ver”, “estudou o movimento da água, a forma como crescia um arbusto, apoiando-se na ciência e nas técnicas da época para enfrentar o que assumiu como um desafio pictórico, e que ocupou os últimos 20 anos de sua vida”, explicou Delieuvin.

    O diretor do departamento de Pinturas do Louvre, Vincent Pomarede, destacou que “é a primeira vez, desde a morte do artista, que foram reunidos dezenas de documentos vinculados a uma de suas mais ambiciosas composições”.

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    Em conversa com a AFP, Pomarede minimizou a polêmica sobre a restauração de “Sant’Anna”, que foi motivo da demissão dos especialistas do Louvre Jean-Pierre Cuzin e Ségolene Bergeon Langle, por divergências sobre a forma com que foi retocado o óleo.

    Com o passar dos anos, “a obra perdeu suas cores esplêndidas, apresentando-se cheia de manchas, enquanto que as camadas de verniz sufocavam as figuras”, disse.

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    O Louvre decidiu restaurá-lo em 2009. Os trabalhos começaram em junho de 2010, com o apoio do Centro de Pesquisas e de Restauração dos Museus da França.

    Os dois especialistas que se afastaram expressaram temores por uma restauração considerada agressiva por eles e que poderia prejudicar a obra, explicou. “Mas aí está o resultado”, disse Pomarede diante do agora luminoso quadro que deixou admirados e comovidos os jornalistas que assistiram à apresentação.

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    Bergeon Langle, que se demitiu em dezembro da direção geral do patrimônio, mostrou-se satisfeito com a restauração, realizada pela especialista italiana Cinzia Pasquali. Segundo ele, nos permite, agora, apreciar o fato de que o “Sant’Anna” é um “quadro muito poético e aquático”, disse.

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    “Antes, por exemplo, já não se via a água que corria sob os pés de Sant’Anna e da Virgem, nem mesmo a cascata. E a água tem um grande simbolismo neste quadro”, disse.

    “Além disso, o drapeado desapareceu das roupas, o abrigo lápis-lázuli de Sant’Anna estava coberto de manchas, e quase não se via os detalhes da paisagem, como esse pequeno campanário”, disse Pomarede, que não oculta o prazer de ter contribuído para ressuscitar uma obra que o Louvre considera uma de suas joias, “da estatura de Mona Lisa”.

    Para Pierre Cury, membro do Centro de Investigações e de Restauração dos Museus da França, “o mais emocionante deste trabalho é o fato de ter permitido à tela reencontrar uma profundidade, um relevo quase escultural”.

    A responsável pelo rejuvenescimento de “Sant’Anna” mostra-se humilde. “Não é a restauração que constitui um marco histórico, é a pintura”, disse Pasquali.

    O que é certo é que Leonardo da Vinci ainda dá o que falar, 500 anos depois de sua morte.

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    A exposição ficará aberta até o final de junho.

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