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Led Zeppelin cita ‘Insensatez’ contra acusação de plágio

Está concluída a primeira semana do julgamento de Jimmy Page e Robert Plant, ex-integrantes da banda inglesa Led Zeppelin acusados de plagiar um riff do grupo Spirit na música Stairway to Heaven, o clássico do rock de 1971. O processo teve início em 2014 e vive agora a sua fase decisiva, com a presença dos […]

Por Da Redação
22 jun 2016, 10h56
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  • Está concluída a primeira semana do julgamento de Jimmy Page e Robert Plant, ex-integrantes da banda inglesa Led Zeppelin acusados de plagiar um riff do grupo Spirit na música Stairway to Heaven, o clássico do rock de 1971. O processo teve início em 2014 e vive agora a sua fase decisiva, com a presença dos músicos no tribunal. De acordo com a acusação, uma sequência de acordes feita por Randy Wolfe, já morto, na instrumental Taurus, de 1967, teria sido copiada pelos músicos do Led Zeppelin. Eles foram defendidos por um professor de música de Nova York, segundo o qual a série de acordes em questão é usada há 300 anos na música e está inclusive em Insensatez, de Tom Jobim.

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    Há 45 anos, o Led Zeppelin lançava Stairway to Heaven, música que levou a banda inglesa a um paraíso de pelo menos 58,5 milhões de dólares em direitos autorais e, há dois anos, ao inferno de uma ação por plágio movida por Michael Skidmore, representante legal de Randy Wolfe, já morto. O julgamento teve início dia 14, no Tribunal Federal de Los Angeles, e promete um debate longo. Os acusadores pedem que Randy Wolfe seja incluído como coautor da composição. Além disso, o juiz pode fixar uma reparação financeira: estima-se que a dupla Page/Plant tenha faturado 58,5 milhões de dólares com Stairway do Heaven.

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    Muitos depoimentos ainda são aguardados. No dia 15, Jimmy Page depôs e disse que não se lembra de já ter ouvido algum álbum do Spirit. Um dia depois, John Paul Jones, ex-baixista do Zeppelin, hoje com 70 anos, também depôs a favor de seus antigos companheiros de banda.

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    300 anos – Para defendê-los, Jimmy Page, 72 anos, e Robert Plant, 67 anos, chamaram o musicista Lawrence Ferrara, professor da Universidade de Nova York, para um depoimento não muito usual. O depoente não apenas falou como também tocou piano para sustentar seus pontos de vista. Disse que o riff de abertura de Stairway to Heaven não passa de uma progressão cromática menor descendente usada há mais de 300 anos e, desde então, por todo tipo de músicos populares.

    “Essa progressão, esse movimento, tem sido usado há 300 anos, datando do século XVII. No século XX, antes de Taurus, um grande número de músicos populares, artistas e compositores também usou essa progressão. Trata-se de um �bloco de construção musical�, que não pode ser considerado uma propriedade intelectual, mas um �lugar-comum� da música. Não se trata de alguma coisa de que uma pessoa possa ser dona, mas algo que compositores de todos os gêneros musicais fazem”, disse Ferrara à corte.

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    E não parou por aí. O professor de música afirmou que essa mesma técnica musical, o mesmo tipo de progressão cromática menor descendente pode ser observada em composições famosas como My Funny Valentine, de 1937, composta por Richard Rodgers e Lorenz Hart, em Michelle, dos Beatles, composta em 1965, e em Music to Watch Girls By, de Bob Crewe, lançada em 1966, ou seja, bem antes de Taurus.

    Para encerrar esse desfile de comparações, Ferrara mostrou um trecho de Insensatez, música de Antônio Carlos Jobim, de 1961, que, segundo o professor, também teria usado o mesmo tipo de progressão cromática presente em Stairway to Heaven.

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    Se a moda lançada pelos advogados do guitarrista do Spirit pegar, as similaridades demonstradas pelo professor Ferrara ao juiz federal de Los Angeles poderão dar combustível para que outros compositores processem o Led Zeppelin por plágio. A revista Rolling Stone ironizou a situação e até aventou a insensata hipótese de a família Jobim também acionar seus advogados.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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