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‘La Fortuna’: minissérie espanhola narra caça ao tesouro moderna

Estrela da nova produção do canal AMC, atriz Ana Polvorosa conta a VEJA sobre sua personagem e do sucesso como um trans em 'As Telefonistas'

Por Gabriela Caputo Atualizado em 21 jan 2022, 17h43 - Publicado em 21 jan 2022, 16h41

Em 1804, um esquadrão espanhol foi interceptado pela Armada britânica em território português. Após a recusa espanhola em se render e entregar o que transportava, uma batalha levou ao afundamento da Nuestra Señora de las Mercedes, uma das quatro fragatas, por um tiro de canhão. A embarcação levava mais de 250 tripulantes e uma enorme carga de ouro, prata e cobre. Em 2007, uma empresa americana de exploração naval encontrou e levou cerca de 600 000 moedas para os Estados Unidos. Desde então, se desenrola um conflito entre o governo espanhol e a empresa pelos direitos do tesouro — conhecido como O Caso Odyssey. Transformado na história em quadrinhos O Tesouro do Cisne Negro, de Paco Roca e Guillermo Corral, o acontecimento foi adaptado para a televisão com total liberdade criativa pelo diretor chileno-espanhol Alejandro Amenábar. A minissérie La Fortuna, que narra uma caça ao tesouro moderna, estreou no Brasil no último dia 16, pelo canal de televisão por assinatura AMC. Totalizando seis episódios de uma hora, será exibida todos os domingos, às 22 horas.

Em La Fortuna, o jovem diplomata Álex Ventura (Álvaro Mel) acaba liderando uma missão do Ministério da Cultura espanhol para recuperar o tesouro subaquático roubado por Frank Wild (Stanley Tucci), uma espécie de pirata dos dias atuais. A trama promove um embate entre idealistas e ambiciosos, contado metade em espanhol, metade em inglês, que envolve as complexidades da política e das relações internacionais. Produzida na Europa pela Movistar+, La Fortuna é a primeira minissérie de Amenábar, que já faturou nove prêmios Goya e um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por Mar Adentro, em 2005. 

Stanley Tucci e T'Nia Miller em 'La Fortuna'
Stanley Tucci e T’Nia Miller em ‘La Fortuna’ (Teresa Isasi/AMC/Divulgação)

Segundo o diretor, a proposta do seriado é de ser uma lufada de frescor na TV. Boas doses de escapismo e aventura para se desconectar do mundo real. Nesse sentido, a produção cumpre seu papel. Assim como sua conterrânea La Casa de Papel, finalizada recentemente pela Netflix, La Fortuna é o tipo de história que agrada o público em geral e, por isso, uma boa opção para se assistir em família. Fugindo da fórmula violenta da veterana, a minissérie é uma história de aventura épica que carrega certa universalidade — há personagens identificáveis tanto do lado “bom”, quanto do “mal”.

Além de Stanley Tucci, o elenco da série traz outros nomes conhecidos como Clarke Peters, T’Nia Miller e Ana Polvorosa. A atriz, que teve papel importante em As Telefonistas, da Netflix, interpreta na minissérie a personagem Lucía Vallarta, uma funcionária pública que sai de um posto altamente burocrático nos arquivos do Ministério para encabeçar as investigações ao lado de Álex. A VEJA, a atriz contou sobre a personagem, o processo de filmagem e seu trabalho anterior:

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A série é feita metade em inglês, metade em espanhol, brincando com esses dois mundos ao mesclar duas culturas diferentes. Como foi a experiência de trabalhar em dois idiomas? 

Para mim, o fato de ter filmado metade da série em inglês foi um verdadeiro desafio. Eu nunca tinha trabalhado em inglês antes. Tivemos a sorte de ter uma coach meses antes da filmagem, que nos ajudou com todas as cenas em inglês e que também estava lá durante as gravações. Para mim foi muito gratificante e uma grande descoberta, porque é muito diferente interpretar um personagem em um idioma que não é o seu maternal, e pude aprender muito.

Para o diretor, todos os personagens acabam sendo piratas de alguma forma, e nos identificaremos com algum. Que tipo de “pirata” é Lucía?

Lucía é uma verdadeira pirata, eu diria que uma autêntica pirata das causas justas e necessárias para a humanidade. Acho que ela tem muitas virtudes como pessoa, e entre elas está a sua coragem, sua persistência, sua paixão pelo trabalho e por lutar, por estar em defesa dos direitos das pessoas e do que ela acredita ser certo. Me apaixonei pela personagem desde o primeiro segundo. A verdade é que ela luta contra o vento e a maré e tenta resolver as coisas com as quais se importa. E bem, digamos que ela encontra uma brecha e se faz ser vista e ouvida nesse mundo dominado por homens. Acho que ela é uma personagem feminina fundamental e primordial em toda essa história

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Em As Telefonistas, você interpreta uma pessoa transgênero. Como foi o processo de construção desse personagem? E como foi a preparação para Lucía Vallarta em La Fortuna

Eu sempre tento me informar o máximo que posso sobre os personagens que interpreto e os projetos em que me envolvo. No caso de As Telefonistas, foi um trajeto complicado, eu nunca tinha feito uma personagem que passasse por um processo [de transição] como esse. Eu conversei com várias pessoas transgênero, e quando tivemos uma reunião com a equipe da Netflix sobre tudo isso, foi tratado com o maior respeito e carinho, e eu tentei colocar toda minha alma e meu coração no processo. Em relação a Lucía Vallarta, a construção da personagem fluiu maravilhosamente porque a história é muito bem contada, muito bem escrita. Com a ajuda do diretor, do resto dos companheiros, de muitos dias de ensaio e leituras, e de muito pensar e reconsiderar tudo o que está no passado da personagem… foi muito fácil de interpretar.

As produções espanholas têm crescido muito no audiovisual nos últimos anos. Como você avalia esse cenário?

A verdade é que elas cresceram graças às plataformas [de streaming] e a toda essa globalização da ficção que já estamos vivendo há vários anos. Como atriz, me sinto sortuda por poder ter tantos projetos abertos, tanto no cinema quanto na televisão, nos quais você pode colaborar. Acho que é uma grande sorte o fato de [as produções] estarem chegando a todas essas plataformas e de tudo estar se unificando de alguma forma, e que seu trabalho também possa ser exibido em outros países, visto em todo o mundo.

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