Kyra Gracie, uma Gracie de cor-de-rosa
A pentacampeã mundial de jiu-jítsu e bisneta de Carlos Gracie, o precursor do esporte, conta como se destacou em um ambiente dominado por homens
Como é sua rotina de exercícios?
Chego a treinar de seis a oito horas por dia. Faço natação, musculação, ioga e jiu-jítsu. Além disso, tenho combinado judô e boxe. Se um dia eu quiser competir no MMA, estarei preparada.
Quando decidiu ser atleta profissional?
Todo Gracie ganha um quimoninho quando nasce. Comecei a treinar aos 11 anos e aos 15 já competia no exterior.
Você sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher?
O primeiro preconceito veio de casa. Para eles, uma mulher não poderia levar adiante o nome dos Gracie. Mas bati o pé, quis mostrar que era capaz de lutar.
Foi o que a motivou?
Foi o meu combustível. Treinei muito para provar que podia ser campeã. Mas, hoje, minha família é minha principal incentivadora.
Por que você usa um quimono cor-de-rosa?
Quis levar esse lado feminino para o tatame. Então, eu me inspirei nas roupas que usava quando fazia balé. Não posso vesti-lo em competições, mas é o meu uniforme nos treinos e nas aulas. É um sucesso.
Vaidade combina com artes marciais?
Sou supervaidosa. Amo ficar no salão, igual às minhas amigas patricinhas.
Você tem namorado?
Atualmente, não. A minha rotina é muito dura. É difícil encontrar alguém que entenda isso.
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