“Pedidos são no balcão.” “Mão na vitrola não rola.” “Se der, traz o copo pra gente?” Escritas numa viga, as frases resumem a proposta despojada do bar, cuja trilha sonora, em vinis, é composta de nomes como Jorge Ben Jor e Luiz Melodia. Instalado num acanhado imóvel de esquina dos anos 1930, onde antes funcionava uma oficina de motos, dispõe de apenas meia dúzia de mesas baixas e altas. Como elas lotam mal a casa abre as portas, não há quem se importe em permanecer de pé na calçada ou até mesmo na rua ao lado, que costuma ficar congestionada de clientes nas tardes de sábado. Na parte interna, dez torneiras de chope jorram líquido produzido pela microcervejaria do bar, a Viela, localizada a 200 metros dali, e outras artesanais mineiras. São boas pedidas o equilibrado session IPA da casa, o amber lager Golden Trap da Mantrap e o suave pilsen da Nørka. A seleção muda semanalmente, mas os preços são os mesmos para todos os chopes: R$ 5,00 o copo de 280 mililitros e R$ 7,00 o de 350 mililitros. As cifras camaradas ajudam a explicar o sucesso do empreendimento e os 2 000 litros vendidos por mês, volume que tem esgotado a capacidade de produção da Viela e motivou uma expansão, prevista para o ano que vem. Dispostas sobre o balcão, duas máquinas antigas de fatiar são usadas no preparo de tábuas de queijo da Serra da Canastra, picanha curada, pernil e copa (R$ 12,00, 100 gramas). O pão de malte ou a meia baguete custam R$ 5,00 cada um. Um desses frios e um desses pães podem ser usados no preparo de um sanduba, que leva ainda molho barbecue de pimenta-biquinho, pesto ou chimichurri (R$ 12,00). Para quem quer petiscar, este bar com cara de venda antiga dispõe de potes de azeitona preta, picles de pepino, jiló ou alho, que custam R$ 6,00 (o pequeno) ou R$ 8,00 (o grande). Rua Juramento, 202, Pompeia. Não tem telefone (28 lugares). 18h/0h (sáb. abre 14h; dom. 13h/20h; fecha seg. e ter.). Aberto em 2017.
2º lugar da categoria cervejaria: Protótipo
Cerca de 200 rótulos de cerveja artesanal e um agradável pátio a céu aberto têm atraído boa freguesia para a cervejaria. A West Cost (R$ 12,00, 300 mililitros) é uma IPA da casa que tem ótima saída. Se mesmo com tantas opções não quiser ir de cerveja, vá de mula russa (R$ 21,00), versão do moscow mule com uísque Jack Daniel’s, baunilha, ginger ale e espuma de gengibre. O cardápio traz, entre outras sugestões, o fish and chips (R$ 29,00), tilápia empanada no fubá com batata rústica. Rua Professor Galba Veloso, 206 (2º andar), Santa Tereza, ☎ 3566-0396 (140 lugares). 18h/23h30 (sex. até 1h30; sáb. 16h/1h30; dom. 16h/23h30). Aberto em 2016.
3º lugar da categoria cervejaria: Café Viena Beer
A casa da família Chlad tornou-se uma espécie de Disneylândia cervejeira na cidade. Oferece inacreditáveis 1 250 rótulos num cardápio que se autointitula o maior da América Latina. É difícil não se perder entre tantas opções e estilos. Representa a Jamaica, por exemplo, a Red Stripe (R$ 22,90), e há também a curiosa Kona Longboard (R$ 29,90), do Havaí. Os chopes (como o pilsen e o weiss) são fabricados com exclusividade no polo cervejeiro de Nova Lima. Para acompanhar tantas geladas, mire o salsichão von ostrich (R$ 37,90), prato que traz dois salsichões de carne de avestruz acompanhados de salada de batata ou chucrute. Avenida do Contorno, 3968, Funcionários, ☎ 3221-9555 (150 lugares). 10h/0h (qui. até 1h; sex. e sáb. até 2h; fecha dom.). Aberto em 1999.
2º lugar da categoria bar revelação: Pajubar
Bastante procurada pelo público LGBT e por uma turma descolada, a casa recebe DJs e ganha um clima de balada conforme a noite avança. Não há garçons, e o pagamento funciona com fichas. Entre as sugestões do menu há drinques como o gim-tônica (R$ 15,00), batatas bravas com molho picante (R$ 8,00, individual) e pão de queijo recheado com pernil, queijo canastra e rúcula (R$ 10,00). Avenida Santos Dumont, 360, centro (150 lugares). Não tem telefone. 18h/1h (qui. a sáb. e vésperas de feriado). Aberto em 2016.
3º lugar da categoria bar revelação: Guaja — Bar do Convés
Misto de café e coworking, o Guaja transforma um de seus ambientes a partir das 18h no chamado Bar do Convés. Seu terraço descoberto lota de gente jovem atrás dos tentadores hambúrgueres e coquetéis da casa, estes a cargo do projeto Drinks por Jezebel, da bartender Cibele Guimarães. Na carta, com 25 sugestões, há interessantes receitas autorais, como a jezebel (R$ 23,00), com cachaça, mexerica, gengibre, suco de tangerina, melaço de cana e folhas de alfavaca. O hambúrguer mais pedido chama-se balança mas não cai (R$ 31,00) e vem com queijo gouda, cebola caramelizada, barbecue de cachaça, crisp de alho-poró no pão de mandioca e parmesão. Avenida Afonso Pena, 2881, Funcionários, ☎ 3235-9191 (120 lugares). 18h/23h30 (sex. e sáb. até 0h30; fecha dom.). Aberto em 2016.